Descrição de chapéu petrobras

Bolsonaro sugere usar dividendos da Petrobras em fundo para estabilizar preço de combustíveis

Presidente afirma que discutiu criação de mecanismo com presidente do BNDES

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Brasília

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sugeriu a criação de um "fundo regulador" para estabilizar o preço dos combustíveis utilizando dividendos da Petrobras pagos à União.

Ao citar a ideia, Bolsonaro afirmou que "ninguém vai meter a mão em nada".

O mandatário afirmou, em sua live semanal nesta quinta-feira (30), ter discutido a proposta com o presidente do BNDES, Gustavo Montezano.

"Vim conversando com Montezano hoje no avião pegando dicas com ele [sobre] o que a gente pode fazer. É criar um fundo regulador, ver o lucro da Petrobras que veio para o governo federal, para nós... ninguém vai meter a mão em nada", declarou.

"Será que esse dinheiro da Petrobras que veio para nós... será —não estou afirmando—, que é um lucro bilionário, não podemos converter e ir para esse fundo regulador? Toda vez que dá um aumento você não repassar todo o aumento; ou não repassar aumento nenhum. Você faz caixa quando está mais no baixo e quando sobe, com esse caixa, compensa esse reajuste lá na frente", disse.

Aliados de Bolsonaro destacam que a alta dos valores dos combustíveis e do gás de cozinha se converteu numa das principais preocupações do Palácio do Planalto. O receio é que a persistência dos preços avance pelo ano eleitoral e crie mais uma dificuldade para o projeto de reeleição do mandatário.

Na quarta (29), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que está sendo estudado o estabelecimento de um fundo de estabilização que não mexa na política de preços da Petrobras. Segundo ele, os recursos poderiam ser alimentados com dividendos repassados majoritariamente para a União ou com recursos do gás do pré-sal.

Na live desta quinta, Bolsonaro defendeu novamente o projeto que muda a cobrança de ICMS sobre os combustíveis. Ele disse que espera que os governadores trabalhem contra a medida.

"Lá dentro do Parlamento, contrário, vai ter o lobby de muitos governadores", argumentou.

O tema dos combustíveis ocupou boa parte da transmissão do mandatário nas redes sociais.

Ele se referiu ao recente reajuste feito no óleo diesel e no impacto dessa correção sobre os caminhoneiros.

"Lógico que [os caminhoneiros] estão chateados com este novo reajuste da Petrobras. Pesa bastante, sabemos disso. Quero que vocês entendam onde eu posso ir. Se eu tabelar [o preço] complica a situação".

Bolsonaro defendeu ainda a decisão da Petrobras de investir num programa social para garantir a compra de gás de cozinha por famílias em situação de vulnerabilidade social.

A Petrobras informou na quarta que irá investir R$ 300 milhões no programa.

"Buscamos resolver os problemas. A Petrobras deve anunciar nos próximos dias, espero que se concretize, uma política de a cada dois meses entregar um botijão de gás para o pessoal do Bolsa Família. É uma ajuda, um alento", afirmou Bolsonaro.

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