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Argentina não vai pagar FMI, diz ex-funcionário do fundo

País negocia substituição de acordo de 2018 que o deixou com US$ 45 bilhões em dívidas

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Rodrigo Campos Hugh Bronstein Maximilian Heath
Nova York e Buenos Aires | Reuters

Um ex-funcionário do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse que a Argentina "não vai pagar" ao Fundo e que qualquer acordo do país com a instituição será um "curativo temporário".

"A Argentina não vai pagar ao FMI. A Argentina não vai fazer boas políticas institucionais macro-micro", disse Alejandro Werner, que foi chefe do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI por quase uma década antes de deixar o cargo, em agosto.

A Argentina está negociando um programa para substituir um acordo fracassado de 2018 que a deixou como a maior devedora, de longe, ao Fundo, com cerca de US$ 45 bilhões (R$ 254 bilhões, na cotação atual) em dívidas. Se o acordo atual não for modificado, pagamentos de cerca de US$ 19 bilhões (R$ 107,2 bilhões) vencem no próximo ano.

Logo do FMI na sede da instituição em Washington, nos Estados Unidos - Yuri Gripas - 4.set.2018/Reuters

"Voltaremos a atrasos ou quase-atrasos (na dívida). No fim das contas, (o acordo) não vai ser um instrumento de boas políticas e, do lado dos fluxos, não vai mudar nada", disse Werner.

Nem o FMI nem o governo argentino responderam imediatamente a pedidos de comentários.

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