Um ex-funcionário do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse que a Argentina "não vai pagar" ao Fundo e que qualquer acordo do país com a instituição será um "curativo temporário".
"A Argentina não vai pagar ao FMI. A Argentina não vai fazer boas políticas institucionais macro-micro", disse Alejandro Werner, que foi chefe do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI por quase uma década antes de deixar o cargo, em agosto.
A Argentina está negociando um programa para substituir um acordo fracassado de 2018 que a deixou como a maior devedora, de longe, ao Fundo, com cerca de US$ 45 bilhões (R$ 254 bilhões, na cotação atual) em dívidas. Se o acordo atual não for modificado, pagamentos de cerca de US$ 19 bilhões (R$ 107,2 bilhões) vencem no próximo ano.
"Voltaremos a atrasos ou quase-atrasos (na dívida). No fim das contas, (o acordo) não vai ser um instrumento de boas políticas e, do lado dos fluxos, não vai mudar nada", disse Werner.
Nem o FMI nem o governo argentino responderam imediatamente a pedidos de comentários.
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