Washington eliminará as tarifas alfandegárias punitivas sobre produtos de Áustria, França, Itália, Espanha e Reino Unido após chegar a um acordo para pôr fim aos impostos por serviços digitais, anunciou nesta quinta-feira (21) o Departamento do Tesouro americano.
Em virtude do acordo conjunto, esses países colocarão fim aos controvertidos impostos sobre as grandes empresas tecnológicas assim que entrar em vigor o acordo global sobre um imposto mínimo às corporações, que se espera que ocorra em 2023.
Até lá, os países concordaram em creditar os impostos que forem pagos neste ínterim a futuras faturas fiscais.
"Este compromisso representa una solução pragmática", disseram os países em uma declaração conjunta.
Os Estados Unidos defenderam a retirada imediata do que considera taxas discriminatórias para os gigantes tecnológicos do país, como Amazon, Apple e Google, enquanto os outros países preferiram esperar até que o novo regime fiscal entre em vigor.
No início deste mês, cerca de 140 países chegaram a um acordo para estabelecer um imposto mínimo de 15%, sob os auspícios da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que pretendia acabar com a estratégia das corporações para proteger seus lucros em países com baixa tributação.
"Chegamos a nosso acordo sobre o imposto de corporações em conjunção com o histórico acordo global da OCDE, que ajudará a acabar com a corrida pela redução na tributação das empresas multinacionais", declarou a representante de Comércio dos Estados Unidos, Katherine Tai, em um comunicado.
Washington anunciou a imposição de tarifas alfandegárias punitivas de 25% sobre produtos de vários países em represália pelos impostos às empresas tecnológicas, mas elas nunca foram cobradas já que as autoridades buscavam um pacto fiscal mais amplo.
O ministro das Finanças do Reino Unido, Rishi Sunak, declarou que o acordo de hoje proporciona um período de transição para os impostos do setor em seu país.
"Este acordo significa que nosso imposto sobre os serviços digitais está protegido na medida em que avançamos até 2023, para que suas receitas possam continuar financiando serviços públicos vitais", afirmou em um comunicado.
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