Descrição de chapéu juros copom Banco Central

Credit Suisse passa a ver queda de 0,5% da economia brasileira em 2022

Banco afirma que inflação deve permanecer em patamares elevados devido à inércia no país

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Luana Maria Benedito
São Paulo | Reuters

O Credit Suisse piorou suas estimativas para o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil neste ano e no próximo, projetando agora contração econômica de 0,5% em 2022, com a inflação devendo continuar em patamares elevados.

A projeção anterior do banco privado era de crescimento de 0,6% do PIB no ano que vem. Para 2021, o Credit Suisse piorou a estimativa a uma expansão econômica de 4,8%, ante taxa de 5,0% prevista anteriormente.

A revisão do credor suíço veio após dados desta sexta-feira mostrarem que o setor de serviços brasileiro registrou queda inesperada de 0,6% no volume em setembro, após cinco meses de crescimento.

Logo de banco em arcada de pedra com rosto de homem esculpido
Logo do banco Credit Suisse, na sede da intituição, em Zurique - Fabrice Coffrini/AFP

"O resultado de hoje reforça o cenário de piora da atividade econômica que tem sido visto nos últimos meses", escreveram em relatório Solange Srour, economista-chefe do banco no Brasil e colunista da Folha, e Lucas Vilela, economista.

O Credit Suisse citou a escassez global de insumos como obstáculo de curto prazo que explica a fraca dinâmica da atividade econômica, mas o destaque ficou para uma ampla lista de fatores "mais persistentes" que devem prejudicar o crescimento do PIB.

"O atual nível de inflação deve permanecer elevado devido à alta inércia no país; o recente aperto das condições financeiras provavelmente não vai recuar, uma vez que a taxa de juros deve subir bem mais e a estrutura fiscal enfraqueceu recentemente; a incerteza em relação ao cenário político deve permanecer alta até a conclusão das eleições do ano que vem, e o cenário para mercados emergentes tem ficado mais desafiador (...)", disseram Srour e Vilela.

E a contração econômica não deve ser acompanhada de alívio na frente inflacionária, alertou o Credit Suisse. "Nossos modelos continuam prevendo inflação muito alta no ano que vem, de 6,0%, bem acima do limite da meta do Banco Central, de 5%."

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.