O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) prepara uma nova etapa de testes para o Censo Demográfico de 2022. As atividades começam na próxima quinta-feira (4) e estão previstas nas 27 unidades da federação.
Um dos objetivos é verificar sistemas e equipamentos de coleta de informações da pesquisa. Para a realização do trabalho, o IBGE selecionou bairros, comunidades, distritos e municípios em todos os estados e no Distrito Federal (veja a lista abaixo).
Os testes devem ocorrer ao longo do mês de novembro e em parte de dezembro, com uma equipe de 250 recenseadores.
Esta é a segunda etapa de testes para a pesquisa do próximo ano. O Censo é considerado o levantamento mais detalhado sobre as características demográficas e socioeconômicas dos brasileiros.
O primeiro teste para 2022 ocorreu na ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro. As informações experimentais sobre a população local foram divulgadas pelo IBGE em meados de outubro.
O instituto encontrou na ilha carioca um total de 3.612 habitantes, com maior presença de mulheres, e renda média de R$ 3.613,47 dos chefes de família, entre outros dados.
No estado de São Paulo, o local escolhido para receber a nova rodada de testes é o bairro Prosperidade, em São Caetano do Sul, no ABC Paulista.
Inicialmente, o Censo estava previsto para 2020. A pesquisa costuma ser realizada de dez em dez anos.
O trabalho, contudo, amargou dois adiamentos consecutivos. No ano passado, o Censo não foi realizado devido à pandemia de coronavírus, que provocou restrições ao deslocamento de pessoas.
Em 2021, o que acabou inviabilizando novamente o estudo foi o corte de recursos destinados à pesquisa.
No último mês de maio, coube ao STF (Supremo Tribunal Federal) decidir pela realização do Censo em 2022. A medida, contudo, não foi capaz de evitar mais um impasse sobre a verba para o trabalho.
É que, segundo cálculos do IBGE, a produção do levantamento exige a quantia de R$ 2,29 bilhões. O governo federal, por sua vez, passou a prever em agosto um repasse menor, de R$ 2 bilhões.
No início de outubro, o instituto reafirmou ao STF a necessidade de reforço na verba. O governo, então, voltou atrás em seu planejamento e indicou que vai recompor o orçamento para o IBGE.
Na prática, os dados apurados pelo Censo funcionam como base para uma série de políticas públicas, além de decisões de investimento de empresas.
As informações balizam, por exemplo, os repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), fonte de recursos para as prefeituras.
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