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Fábio Faria busca parceria com Elon Musk para conectar Amazônia por satélite

Tecnologia também poderá ser usada para levar internet a escolas em áreas rurais, segundo o ministro

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São Paulo e Washington

Em visita aos Estados Unidos, Fábio Faria, ministro das Comunicações, tenta fechar uma parceria com a SpaceX, fundada pelo bilionário Elon Musk, para conectar regiões remotas do Brasil com internet por satélite.

A companhia espacial tem cerca de 4.500 satélites que orbitam em baixa altitude. A categoria inclui equipamentos que ficam em órbita a até 2.000 km de altitude. Como comparação, aviões comerciais voam a cerca de 10 km acima do solo.

"Estamos querendo fazer uma parceria com eles [SpaceX], com o governo brasileiro, para conectar todas as escolas rurais que estão faltando, as comunidades indígenas, todos os locais remotos no Brasil", afirmou Faria em uma rede social nesta segunda-feira (15).

O ministro Fábio Faria (à esq.) e o empresário Elon Musk, durante encontro nos EUA
O ministro Fábio Faria (à esq.) e o empresário Elon Musk, durante encontro nos EUA - Elon Musk no Twitter

A parceria também poderá ajudar na preservação da Amazônia, segundo o ministro. A ideia é que a cobertura de internet no local facilite o monitoramento realizado pelo governo.

Faria visitou a fábrica da SpaceX, na Califórnia, nesta segunda (15) e se reuniu com Gwynne Shotwell, diretora de operações da empresa. Em seguida, ele viajou ao Texas e se encontrou com Elon Musk, diretor e fundador da SpaceX. "Em breve, Elon Musk estará no Brasil para conectarmos as escolas rurais e protegermos a Amazônia utilizando a tecnologia da SpaceX/Starlink", postou o ministro, nas redes sociais.

Disputando mercado com outras gigantes como a Amazon, Musk deve investir US$ 30 bilhões (R$ 162,5 bilhões) no projeto chamado Starlink, que já colocou em órbita mais de 1.500 satélites para fornecer internet a quase 70 mil usuários.

Em julho, a SpaceX firmou parceria com o Chile, onde vai habilitar internet a duas cidades. Para fazer a conexão, a empresa entregou kits de recepção de sinal de satélite, que permitirão serviços gratuitos de acesso por um ano. Depois, o custo deve ser absorvido pelos municípios. A Starlink se comprometeu a oferecer um potencial de velocidade de download que varia de 50 a 150 Mb/s,

Faria também se reuniu com a britânica OneWeb, que atua no mesmo setor, possui 350 satélites de baixa órbita e pretende dobrar a operação no próximo ano. Assim como a SpaceX, a empresa já pediu licença para a Anatel para operar no país.

O encontro com a OneWeb ocorreu na quinta (11), em Glasgow, cidade que sediou a COP 26, conferência do clima das Nações Unidas.

A outorga para o uso de satélites em baixa órbita não exige licitação, como o 5G, segundo o Ministério das Comunicações. "Trata-se de um processo administrativo de coordenação realizado pela Anatel." ​

Em 5 de novembro, o governo realizou o leilão do 5G, que movimentou R$ 47,2 bilhões e gerou obrigações para as operadoras vencedoras dos lotes nos próximos 20 anos.

Claro, Vivo e Tim, que arremataram lotes nacionais, terão de implementar projetos de conectividade em escolas públicas. Tim, Algar Telecom e Fly Link levaram lotes regionais que possuem a mesma exigência.

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