O órgão regulador de concorrência do Reino Unido informou nesta terça-feira (30) que instruiu a Meta Platforms, dona do Facebook, a vender a plataforma de imagens animadas Giphy, após apontar que o acordo poderia prejudicar usuários de mídias sociais e anunciantes britânicos.
A CMA (Autoridade de Concorrência e Mercado, na sigla em inglês) disse que a decisão vai de acordo com as conclusões provisórias que indicam que a aquisição da empresa Giphy pelo Facebook, em maio do ano passado, reduziria a concorrência entre empresas, plataformas de mídia social e no mercado de publicidade gráfica.
"A fusão entre o Facebook e a Giphy já eliminou um potencial concorrente no mercado de publicidade gráfica", disse Stuart McIntosh, que liderou a investigação independente Facebook-Giphy para o CMA.
"Ao exigir que o Facebook venda a Giphy, estamos protegendo milhões de usuários de mídias sociais e promovendo a concorrência e a inovação na publicidade digital", acrescentou.
A Meta disse que pode recorrer da decisão do CMA.
"Estamos revisando a decisão e considerando todas as opções, incluindo o recurso", disse um porta-voz da Meta em um comunicado.
Em outubro, o CMA impôs cerca de US$ 70 milhões (R$ 393 milhões, na cotação atual) à empresa por violar uma ordem imposta durante sua investigação sobre o negócio, tendo sugerido em agosto que o Facebook poderia precisar vender a Giphy.
Em maio de 2020, o Facebook comprou a Giphy, um site para criar e compartilhar imagens animadas, ou GIFs, por US$ 400 milhões (R$ 2,2 bilhões) —de acordo com a imprensa— para integrá-lo em seu aplicativo de compartilhamento de fotos Instagram.
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