Vendas da Cyber Monday nos EUA devem cair por falta de produtos e ofertas menores

Comércio antecipou descontos para equilibrar margens e manter estoques

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Uday Sampath Kumar
Bengaluru | Reuters

Os varejistas dos Estados Unidos esperam que as vendas online gerem até US$ 11,3 bilhões (cerca de R$ 63,4 bilhões) na Cyber Monday, queda ante o mesmo período de 2020, por causa de descontos menores no preços e opções limitadas na oferta de produtos devido à crise na cadeia global de logística.

Os varejistas também espalharam as ofertas durante mais semanas neste ano para proteger as margens de lucro diante da alta dos custos na cadeia logística e para administrarem melhor seus estoques em meio a problemas de falta de produtos antes da temporada de compras de fim de ano.

Essas tentativas diminuíram as vendas dos tradicionais e maiores dias de compras do ano. Dados da Adobe Analytics no fim de semana mostraram que os gastos online durante a Black Friday caíram pela primeira vez, revertendo o crescimento dos últimos anos.

Prateleiras vazias em hipermercado Walmart em Washington, DC
Prateleiras vazias em hipermercado Walmart em Washington, DC - Rafael Balago - 1.set.2021/Folhapress

Os gastos nos Estados Unidos com a Cyber Monday devem ficar entre US$ 10,2 bilhões e US$ 11,3 bilhões, de acordo com estimativas iniciais da Adobe.

A estimativa se traduz em um crescimento praticamente estável em comparação com os US$ 10,8 bilhões (cerca de R$ 60 bilhões) do ano passado, e um salto de quase 15% em relação aos níveis de 2019.

A empolgação nas redes sociais também vem diminuindo. "A Cyber Monday ainda é extremamente relevante, particularmente no mundo digital, mas o buzz foi o menor da história recente", disse Rob Garf, gerente geral de varejo da Salesforce.

Segundo ele, na semana que antecedeu a Cyber Monday nos Estados Unidos, os descontos foram, em média, 8% mais baixos do que no ano passado.

A temporada de compras para o fim de ano começa ao mesmo tempo em que a variante Ômicron disparou uma onda de incerteza sobre a reabertura da economia. Especialistas dizem, porém, que ainda é cedo para prever o impacto sobre o consumo.

"Não haverá mais presentes debaixo da árvore neste ano. O desempenho das compras nos EUA em novembro está estável e os consumidores estão comprando 1% menos itens por transação", disse Garf, da Salesforce.

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