Companhias já cancelaram quase 5.000 voos desde a véspera do Natal, diz FlightAware

Números indicam impacto da pandemia de Covid-19 nas viagens de fim de ano

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Reuters e AFP

Quase 5.000 voos foram cancelados em todo o mundo desde a véspera do Natal e milhares foram adiados devido à variante ômicron do coronavírus, disse o site FlightAware, numa indicação de como a pandemia de Covid-19 está afetando as viagens de fim de ano.

De acordo com o site, às 10h40 (horário de Brasília) deste sábado (25) já haviam sido cancelados quase 2.500 voos em todo o planeta, incluindo 850 com origem o destino a aeroportos dos Estados Unidos. Outros 2.400 foram cancelados na sexta-feira.

Na quinta-feira, o número de cancelamentos chegou a 2.231, de acordo com o site, que prevê mais de 800 voos cancelados no domingo.

O aumento rápido de infecções causado pela ômicron tem levado passageiros e companhias aéreas a reconsiderarem viagens. Na última quinta-feira (23), a Lufthansa anunciou que vai cancelar milhares de voos devido à propagação da nova variante do coronavírus.

"Constatamos uma importante queda das reservas entre meados de janeiro e fevereiro", portanto "devemos cancelar 33 mil voos, ou seja, cerca de 10% dos voos programados para este inverno [boreal]", informou Carsten Spohr, diretor-executivo da Lufthansa em entrevista ao jornal Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung.

Gomem olha painel de informações de check-in na área de embarque do Aeroporto de Heathrow, em Londres - John Sibley/Reuters - mai/2021

A companhia aérea alemã também anunciou que cancelaria voos intercontinentais devido ao adoecimento de muitos pilotos.

"As conexões transatlânticas para a América do Norte com destino a Boston, Houston e Washington estão afetadas, principalmente de 23 a 26 de dezembro, devido ao aumento do número de doentes" entre os pilotos, disse .

No entanto, o vínculo com a variante ômicron é especulativo, já que a Lufthansa disse não está a par do tipo de doença contraída pelos pilotos.

Na última quarta-feira (22), a escandinava SAS informou que uma quantidade maior do que o normal de funcionários doentes, devido à Covid-19, e as recomendações sanitárias associadas contribuíram para a recente onda de cancelamentos de voos da companhia.

Ao observar uma desaceleração das reservas, a Ryanair —maior companhia aérea europeia em relação a número de passageiros— alertou na quarta (22) à noite que seus prejuízos anuais seriam, provavelmente, o dobro do previsto, em função da nova variante.

A ACI Europa (Associação de Aeroportos Europeus), citando dados preliminares, calculou que o tráfego de passageiros diminuiu 20% nas instalações desde de 24 de novembro, quando a OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou ter identificado a ômicron. Ao mesmo tempo, o índice de ocupação dos aviões caiu de 66% para 54%.

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