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Economistas dão dicas de filmes, séries e documentários

Analistas dão trégua para números para sugerir comédias, romances e game

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São Paulo

Ficção científica, romances que desafiam os séculos e muitas adaptações de histórias da vida como ela é. A pedido da Folha, economistas que diariamente lidam com projeções para crescimento e inflação, por exemplo, deixam de lado os números e apresentam suas dicas de filmes, séries e documentários para entreter e informar.

A lista é diversa. Tem o épico grego Ilíada levado ao streaming em pequenos capítulos. A trajetória da primeira empresária negra a fazer fortuna nos Estados Unidos no início do século 20, a inspiradora Madam C. J. Walke. Há várias produções que tentam ser didáticas para explicar fenômenos contemporâneos —e um tanto sombrios— com o avanço do QAnon, grupo que fomenta teorias da conspiração e mina instituições democráticas.

Houve também sugestão de comédia para dar boas risadas, o clássico Grace and Frankie com as veteranas Jane Fonda e Lily Tomlin nos papéis que dão título à série. E, surpresa, tem até indicação de game, o Civilization 2. O jogo de estratégia faz parte da série Civilization, lançado para PCs na década de 1990 e depois convertido para diferentes plataformas.

Abaixo a lista completa. Divirta-se com os economistas.

Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do FGV Ibre

Russell Crowe em 'A Voz Mais Forte'
Cena de 'A Voz Mais Forte', minissérie disponível no Globoplay - Reprodução

Minissérie: "A voz mais forte — O escândalo de Roger Ailes" - Globoplay

A trama reconstitui a fundação da Fox News, em 1995. E mostra o que mudou na cena política americana por causa disso.

Documentário: "Q: Into The Storm" - HBO Max

Documentário que indaga e relata o que está por trás do fenômeno QAnon. Mostrará três anos de pesquisas internacionais que revelam a evolução deste fenômeno, acompanhando até o dia da invasão do Capitólio.

Série: "Complô contra América" - Amazon Prime

A produção imagina uma realidade em que americanos apoiam nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Temas bem atuais e que nos ajudam a refletir sobre os acontecimentos recentes em vários países e no Brasil.

Vilma Pinto, diretora da IFI (Instituição Fiscal Independente)

Cena de "Olhos que Condenam"
Cena de "Olhos que Condenam" - Reprodução

Minissérie: "Olhos que Condenam" - Netflix

Conta a história real de cinco rapazes que foram acusados injustamente por um crime que não cometeram. Os cinco do Central Park, como ficou conhecido o caso real, foram condenados, cumpriram pena durante anos até que conseguiram provar inocência.

Cena da série 'This is Us'
Cena da série 'This is Us' - Divulgação

Série: "This is us" - Star+

Conta a história da família Pearson em diferentes períodos. Essas duas séries trazem questões que, infelizmente, ainda estão muito presentes no nosso cotidiano: racismo, bullying, abandono, dentre outras.

Capa de "A Vida e a História de Madam C. J. Walker"
"A Vida e a História de Madam C. J. Walker" - Divulgação

Minissérie: "A vida e a história de Madam C. J. Walker" - Netflix

Conta a história de uma mulher que venceu a pobreza e se tornou uma empreendedora de sucesso no ramo de produtos de beleza.

Capa da série "Grace and Frankie"
Capa da série "Grace and Frankie" - Divulgação

Série: "Grace e Frankie" - Netflix

Para dar umas boas risadas. Conta a história de duas mulheres, com personalidades muito diferentes, que iniciaram uma amizade após seus maridos pedirem divórcio para se casar um com o outro.

Luiz Fernando Figueiredo, presidente da Mauá Capital

Atores vestidos com roupas do século 19 em cena de "Outlander"
Cena de "Outlander" - Aimee Spinks/Starz/Courtesy of S

Série: "Outlander" - Netflix

A série Outlander é maravilhosa. Além de mostrar vários momentos históricos do século 19 e um pouco do século 20, é uma história de luta e perseverança.

Solange Srour, economista-chefe do Credit Suisse Brasil

Capa de "Maid"
Capa de "Maid" - Divulgação

Série: "Maid" - Netflix

A trama aborda a jornada de uma mulher jovem e mãe (Alex) que, após sair do relacionamento abusivo com um marido alcoólatra, enfrenta uma realidade extremamente desafiadora em termos financeiros e psicológicos. O espectador acompanha a luta pelo recomeço da protagonista ao lado da filha de 3 anos, mas além das inúmeras dificuldades ainda se defronta com a perseguição do ex-companheiro.

Considero essa série importante porque traz um serviço social repleto de reflexões sobre como a reconstrução da vida de pessoas que são vítimas de violência e abusos psicológicos é árdua, ainda mais sozinhas, na busca pela independência financeira e emocional. Ao mesmo tempo que também revela a força interna grande da Alex em ir atrás dos seus objetivos, sem desistir mesmo diante das adversidades.

Ana Paula Vescovi, economista-chefe do Santander

Capa de "Mr. Jones"
Capa de "Mr. Jones" - Divulgação

Filme: "Mr. Jones" - Netflix

Baseado na impressionante história do jornalista Gareth Jones, que arriscou a vida para denunciar o genocídio causado pela fome na Ucrânia no início dos anos 30, sob o regime stalinista. Fui atraída pela sinopse que descreve um enredo com lições oportunas sobre como as sociedades podem ser destruídas internamente, o que teria aberto as portas para os desastres do século 20. Um filme chocante, mas revelador.

Mário Theodoro, economista pela UnB (Universidade de Brasília) e fundador da Abed (Associação Brasileira de Economistas pela Democracia)

Capa da série "Grandes Mitos: A Ilíada" - Divulgação

Série "Grandes Mitos: A Ilíada" - Canal Curta!

A série da TV franco-alemã Arte France sobre a Guerra de Troia tem direção de Sylvain Bergère. São dez episódios, de 30 minutos cada, que contam com muita fidelidade as agruras e as vicissitudes descritas no poema épico do escritor grego Homero, como a história do herói Aquiles e a Guerra de Troia. O resultado da adaptação é uma obra muito bem-feita.

Para aproveitar a viagem pela história, vale também ler "A Ordem do Dia" de Éric Vuillard, que examina os bastidores do apoio dos grandes industriais alemães a Adolf Hitler no início dos anos 1930. Essa foi a sustentação financeira e econômica do 3º Reich.

Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados

Atores vestidos de reis ingleses na capa da série "A Coroa Vazia"
Capa de "A Coroa Vazia" - Divulgação

Série: "A Coroa Vazia" - Amazon Prime

Se muito já se fez de Shakespeare no cinema e na TV, não havia ainda uma sequência tão interessante como "A Coroa Vazia", na Amazon Prime. Série britânica feita há alguns anos, entre 2012 e 2016, pelo produtor-executivo Sam Mendes, essa versão vale pelo inusitado de se acompanhar em sequência a série de peças do bardo sobre os reis ingleses, indo de Ricardo 2º a Ricardo 3º, passando pelos Henriques 4º, 5º e 6º.

Algumas das peças já tiveram versões interessantes, como Ricardo 3º e Henrique 5º, com Lawrence Olivier, mas o sabor da série está em assisti-la em sequência e em notar como Skakespeare era imbatível em construir a queda de um rei.

Vale ver especialmente Henrique 4º, que tem um dos personagens mais interessantes de todas as peças do bardo, Falstaff. Falando nele, também vale rever Orson Welles na pele deste personagem e em filme com o mesmo nome, em cartaz no streaming do Petra Belas Artes.

Bruno Ottoni, economista da IDados e pesquisador do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas)

Videogame: "Civilization 2" - Microsoft Windows, PlayStation, Mac OS Classic, Mac OS

Lançado originalmente em 1996, vale conhecer um jogo antigo de computador chamado "Civilização 2" (conhecido como "Civ 2" ou "Civilization 2", no original). Nele, os jogadores precisam desenvolver sua civilização desde o surgimento da agricultura até um futuro em que o homem coloniza Marte. Vence quem eliminar todos os adversários ou aquele que chegar primeiro ao planeta.

Joguei "Civ 2" na adolescência e agora estou jogando novamente, com meu filho. A experiência é divertida por dois motivos: primeiro, em vez de uma atividade que meu filho faz sozinho, virou uma diversão nossa; em segundo lugar, ele acaba podendo exercitar a estratégia, em lugar de ser exposto a um jogo que seja violento. Fica a dica!

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