Gás encanado terá reajuste de até 25% em SP; veja as tarifas

Aumento passa a valer nesta sexta-feira (10) para consumidores atendidos por Comgás e GasBrasiliano

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São Paulo

As tarifas de gás encanado vão subir no estado de São Paulo nesta sexta-feira (10). O reajuste foi divulgado pela Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo) nesta quinta-feira (9) e pulicado no Diário Oficial do estado de São Paulo, e vale para todos os consumidores atendidos pela Comgás e pela GasBrasiliano.

O aumento das tarifas no caso da Comgás varia de 15,5% a 22,3%. O menor percentual de reajuste será aplicado nas unidades consumidoras residenciais para consumo de até cinco metros cúbicos. O maior será para quem abastece com GNV (Gás Natural Veicular).

No caso da GasBrasiliano, a alta percentual vai variar de 9,2% a 24,8%. O menor reajuste será para GNV e o maior, para clientes residenciais que consomem volumes de até dez metros cúbicos por mês e de até 30 metros cúbicos por mês.

Segundo a Arsesp, a alta da tarifa da GasBrasiliano atende ao reajuste anual previsto em contrato. Já para a Comgás, o que ocorre neste mês de dezembro é o repasse do preço trimestral do gás, conforme os valores de compra de combustível da Petrobras, que vem elevando suas tarifas com frequência.

Gabriel Cabral/Folhapress

Para quem é atendido pela Comgás, a tarifa de consumo de até cinco metros cúbicos por mês subirá de R$ 38,81, em novembro, para R$ 44,83, 15,5% a mais, conforme tabela divulgada pela Arsesp. No caso da segunda faixa de consumo residencial, de até dez metros cúbicos por mês, o valor irá de R$ 69,03 para R$ 81,23, aumento de 17,7%.

Na GasBrasiliano, clientes que consomem até seis metros cúbicos por mês de gás verão a tarifa subir de R$ 42,33 para R$ 52,78, aumento de 24,7%. Para a segunda faixa, de até dez metros cúbicos por mês, a tarifa terá alta de R$ 69,79, em novembro, para R$ 87,08, em dezembro, reajuste de 24,8%.

A GasBrasiliano atua na região norte do estado de São Paulo, que abrange os municípios de Araraquara, São Carlos, Porto Ferreira, Araçatuba, Marília, Ribeirão Preto e Bauru, entre outros. Já a Comgás tem atuação em 94 municípios, atendendo 2,1 milhões de consumidores, segundo a empresa.

Segundo a Arsesp, o aumento atende ao que está previsto nos contratos e atinge consumidores residenciais, comerciais, industriais e os que usam postos de combustíveis para abastecer com GNV.

A agência informa ainda que, como forma de tentar atenuar a elevação aos consumidores, foi feita a exclusão do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação) da base de cálculo do PIS/Pasep e da Cofins, o que diminuiu o reajuste final em cerca de 2%.

gráficos com tarifas
Veja as tabelas com as tarifas do gás encanado em SP - Catarina Pignato

gráficos com tarifas
Veja as tabelas com as tarifas do gás encanado em SP - Catarina Pignato

Preço no setor energético é desafio

O reajuste dos valores das tarifas de gás encanado em São Paulo ocorre em duas etapas por ano, conforme a concessionária e os contratos de concessão firmados. Em maio, os preços da Comgás e Naturgy tiveram o aumento, que foi de até 40%. Para a Comgás, a alta foi de até 10,2% e para a Naturgy, de até 40%. Agora, há o reajuste da GasBrasiliano.

A elevação dos combustíveis e de demais preços do setor energético é um dos maiores desafios do governo de Jair Bolsanaro (sem partido) que, na eleição, prometeu um choque de energia barata em todo o país. Alinhada à cotação internacional dos combustíveis, a Petrobras tem feitos aumentos constantes nos preços, pressionando com muita força o bolso do consumidor final.

Em 2022, novos reajustes virão. A estatal, que abastece a maior parte do mercado nacional, já avisou distribuidoras e grandes consumidores com contratos vencendo no final deste ano que não haverá renovação e só poderá fornecer o combustível pelo dobro do preço.

Esse movimento é relevante e terá impacto na economia em ano eleitoral porque, a partir de janeiro, 70% do mercado estará sem contrato, segundo conta das distribuidoras.

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