Governo indica Sandoval Feitosa, diretor da Aneel, para chefiar agência, diz ministro

Nome já teria sido encaminhado à Casa Civil; para assumir em 2022, diretor deve ser sabatinado pelo Senado

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Rodrigo Viga Gaier
Rio de Janeiro | Reuters

O diretor da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) Sandoval Feitosa foi indicado para o comando da autarquia, após o fim do mandato do atual diretor-geral, André Pepitone, disse nesta quinta-feira (9) o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

O mandato de Pepitone termina em agosto do ano que vem.

"O MME indicou o doutor Sandoval para substituir o diretor-geral André Pepitone", afirmou Bento em coletiva virtual à associação de correspondentes estrangeiros.

O executivo que deixa o cargo já está em seu segundo mandato e não poderia ser reconduzido à diretoria-geral da Aneel.

Sandoval Feitora, diretor da Aneel, durante palestra - Giovanni Santos - 13.fev.2019/Sistema Fiec/Divulgação

O nome de Sandoval já teria sido encaminhado à Casa Civil e, para assumir o cargo em 2022, ele teria que ser sabatinado no Congresso.

O ministro ainda revelou que na semana que vem deve ser definido o valor do empréstimo ao setor elétrico para cobrir custos maiores oriundos da crise hídrica —a maior do país.

A estimativa do mercado era de que o apoio poderia ficar entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões, mas ao ser questionado sobre o montante, Bento disse espera que esse valor "esteja errado".

Em razão da maior crise hídrica em mais de 90 anos, o governo vem implementando desde o ano passado ações para mitigar e enfrentar o problema. Medidas mais onerosas tiveram que ser adotadas, como o acionamento de mais térmicas e a criação da bandeira de escassez hídrica.

O almirante Bento Albuquerque, ministro das Minas e Energia, durante evento no Palácio do Planalto
O almirante Bento Albuquerque, ministro das Minas e Energia, durante evento no Palácio do Planalto - Pedro Ladeira - 11.ago.2021/Folhapress

Entretanto, segundo Bento, o nível dos reservatórios das hidrelétricas está melhor com a chegada do período chuvoso e não há risco de apagão ou racionamento em 2022.

O ministro reconheceu que há uma pressão da energia sobre custos de empresas e consumidores, mas destacou que existe um trabalho contínuo no governo para baratear a conta de energia.

"Não só acreditamos que teremos um período úmido melhor, como poderemos despachar o parque hidráulico em maior volume; por leilões feitos no passado a custo mais barato", disse ele.

"Temos um somatório de medidas e ações que vão levar a reduzir o preço da tarifa e impactar consumidores. É um trabalho permanente", finalizou.

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