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Nubank chega ao mercado avaliado em R$ 231,4 bi e passa Itaú como o mais valioso da América Latina

Banco digital abre capital nos Estados Unidos, seguindo caminho de outras instituições financeiras

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São Paulo

O banco digital Nubank foi avaliado pelos investidores em cerca de US$ 41,5 bilhões (R$ 231,45 bilhões) na oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) realizada nesta quarta-feira (8) na NYSE (Bolsa de Nova York), nos Estados Unidos.

O valor por ação foi fixado em US$ 9 (R$ 50,19), com um valor captado de aproximadamente US$ 2,6 bilhões (R$ 14,5 bilhões).

Com o valor de mercado alcançado na oferta, o banco digital se posiciona como a instituição financeira mais valiosa da América Latina, superando as grandes instituições financeiras tradicionais do país em valor de mercado —o Itaú, o maior banco privado em ativos, vale US$ 37,7 bilhões (R$ 210,26 bilhões), segundo dados da Economatica.

Na sequência vêm Bradesco (US$ 33,25 bilhões, R$ 185,44 bilhões), Santander Brasil (US$ 22,11 bilhões, R$ 123,31 bilhões) e BB (US$ 16,75 bilhões, R$ 93,41 bilhões).

Logo do banco digital Nubank em entrada de prédio
Nubank chega à bolsa de Nova York, nos EUA, seguindo caminho de pelo menos outras dez companhias brasileiras - Divulgação

Apesar das marcas impressionantes, o banco digital revisou para baixo, em 30 de novembro, os valores buscados, em meio à pressão sobre as empresas de tecnologia em escala global nas últimas semanas.

O Nubank pretendia anteriormente levantar cerca de US$ 3 bilhões (R$ 16,73 bilhões) a uma avaliação de mais de US$ 50 bilhões (R$ 278,86 bilhões) com a venda de ações por valores entre US$ 10 (R$ 55,77) e US$ 11 (R$ 61,35) o papel.

Morgan Stanley, Goldman Sachs, Citigroup e NuInvest assessoram a fintech no IPO.

As ações ordinárias passam a ser negociadas na Bolsa de Valores de Nova York sob o símbolo "NU" nesta quinta (9). No Brasil, os recibos de ações (BDRs), correspondentes a 1/6 das ações negociadas originalmente nos Estados Unidos, serão negociados sob o símbolo "NUBR33".

"A Nu pretende usar os recursos da oferta para propósitos corporativos gerais, incluindo capital de giro e despesas operacionais. Além disso, a Nu pode usar uma parte dos rendimentos líquidos para adquirir ou investir em negócios, produtos, serviços ou tecnologias", diz o comunicado do banco.

A aguardada estreia do banco digital brasileiro Nubank nas Bolsas de Valores de Nova York e São Paulo ocorre em um cenário de queda nas ações de empresas semelhantes —de tecnologia e, em especial, aquelas que oferecem serviços financeiros.

Um dos mais recentes casos que mostram os reveses que fintechs têm enfrentado nas Bolsas é o da indiana Paytm. No último mês, a empresa fundada em 2000 protagonizou o maior IPO da Bolsa indiana ao levantar mais de US$ 2,5 bilhões em um dia (quase R$ 13,7 bilhões, na cotação da época).

A estreia, no entanto, foi seguida por dias turbulentos. O preço dos papéis caiu 27%. Avaliada em US$ 20 bilhões (quase R$ 110 bilhões) na abertura de capital, a companhia chegou a cair para US$ 11,8 bilhões e fechou a última sexta-feira (3) valendo US$ 14,2 bilhões (pouco mais de R$ 80,5 bilhões).

A brasileira Stone, empresa de maquininhas de cartão que está na Bolsa de Nova York, acumula queda de 78% neste ano. A PagSeguro, também listada nos EUA, caiu mais de 50% desde fevereiro deste ano.

Na sexta-feira (10), dia para o qual está previsto a cerimônia do toque do sino na B3 pelos cofundadores David Vélez e Cristina Junqueira, a cantora pop Anitta fará uma apresentação a partir das 20h15 que será transmitida no canal do YouTube. Ela é membro do conselho de administração do Nubank.

O banco irá realizar uma série de eventos "para agradecer e homenagear nossos clientes nos países em que temos operações (Brasil, México e Colômbia) e em Nova York, nos Estados Unidos, onde acontecerá a nossa abertura de capital."

Entre eles, estão previstas iluminações na cor roxa –marca da empresa– em monumentos como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro; o Monumento da Revolução, na Cidade do México; e o Morro de Monserrate, em Bogotá.

O prédio da NYSE, onde o Nubank realizará o IPO, e a sede da B3, em São Paulo, também serão iluminados.

"O IPO irá aumentar nossa capacidade de inovar, crescer e trazer melhores produtos para ainda mais clientes. É mais um passo na jornada de democratizar o acesso aos serviços financeiros. Esse é apenas o começo", afirmou Vélez, em nota.

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