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Publicação de navegação que funciona há quase 300 anos é posta à venda

Transferência faz parte de reorganização no grupo de eventos e mídia FTSE 100

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Alistair Gray
Londres | Financial Times

A Lloyd’s List, publicação de navegação lançada há quase três séculos, foi posta à venda pela Informa como parte de uma grande reorganização no grupo de mídia e eventos FTSE 100.

A Informa expôs planos na terça-feira (7) de se separar de sua divisão Intelligence, um portfólio de inteligência de dados e consultoria e publicações de nicho que incluem a Lloyd's List. Um analista a avaliou em cerca de 1,7 bilhão de libras (R$ 12,7 bilhões).

A venda deixaria a Informa focada em publicações acadêmicas, por meio da Taylor & Francis, e também sua empresa de feiras setoriais —​prevendo que as exposições corporativas voltarão depois dos extensos cancelamentos durante a pandemia.

Redação do Lloyd's List List - Jim Watson - 4.mar.2004/AFP

Stephen Carter, o executivo-chefe, disse a analistas que provavelmente haverá diferentes compradores para cada uma das três partes principais da divisão de inteligência de dados: financeira, farmacêutica e marítima.

A Lloyd's List faz parte da Informa desde o início da companhia, em 1998, quando a IBC, grupo de edições especializadas e conferências, se fundiu com a LLP, que estava por trás do que era na época um jornal diário de seguros.

O título remonta ao século 18, quando começou como um aviso pregado na parede da casa de café de Edward Lloyd na Lombard Street, em Londres. Ela adotou o nome de Lloyd's List em 1734 e ganhou reputação em seguros e navegação como uma valiosa fonte de informação, conhecida simplesmente como The List (a lista, em inglês).

O jornal de negócios mais antigo do mundo decidiu eliminar sua edição impressa há oito anos, para se concentrar em seu site e apps para smartphones e tablets.

Hoje é apenas uma das cem marcas da Intelligence, que inclui o provedor de dados de fluxos de fundos financeiros EPFR e o provedor de informação de pesquisa e desenvolvimento para a indústria farmacêutica Citeline.

A decisão de vender a divisão significa que a Informa está dobrando a aposta na recuperação das conferências corporativas depois do colapso em reuniões físicas, explicou Thomas Singlehurst, analista do Citigroup.

Mas ele disse que os planos serão bem aceitos por investidores, acrescentando que os tipos de ativos que a Informa pretende vender poderiam "gerar múltiplos muito ricos". Ele estimou que a empresa tem uma avaliação da "soma das partes" de 1,7 bilhão de libras.

As ações da Informa subiram 3,8% nesta terça-feira (7), depois que executivos disseram que usariam a renda da venda para devolver 1 bilhão de libras (R$ 7,6 bilhões) aos acionistas através de recompra de ações e dividendos especiais.

Carter disse que a companhia já recebeu interesse significativo pelos ativos, com a venda "liberando valor e fornecendo fundos para reforçar nossa posição em nossos dois mercados de crescimento".

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