Sistema dos Correios fica fora do ar por quase duas horas

Grupo escreveu no Telegram que atacaria empresa; estatal considera ataque hacker improvável

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Brasília

O portal e os sistemas internos dos Correios ficaram fora do ar na manhã desta quinta-feira (23) por quase duas horas, mas a estatal diz não ter havido perda ou sequestro de dados.

Os Correios já voltaram a operar com quase toda a capacidade, de acordo com nota da empresa. O portal já está no ar.

"As equipes técnicas que estão atuando para normalização integral no menor tempo possível e não há qualquer indício de perda de informação ou sequestro de dados", diz.

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Funcionários do correio trabalham no Itaim Paulista - Jardiel Carvalho - 21.dez.2017/Folhapress

Segundo a assessoria dos Correios, a instabilidade no sistema não afetará o serviço de entregas, porque o programa de logística das operações não foi afetado.

A estatal também informou ser improvável a possibilidade de ataque hacker, uma vez que não foi identificada nenhuma assinatura, como costuma ocorrer nesses casos. Contudo, a área técnica da estatal está investigando o caso.

Um grupo de Telegram supostamente pertencente ao Lapsus$, grupo hacker que assumiu autoria do ataque aos sistemas do Ministério da Saúde, anunciou às 2h13 desta madrugada um ataque contra os Correios.

A mensagem dizia ainda que traria mais informações em breve, o que até às 11h30 não havia ocorrido.

No último dia 10, os sistemas da Saúde foram invadidos e até hoje a pasta trabalha para restabelecê-los integralmente. O Conecte SUS, aplicativo responsável pela emissão do certificado de vacinação contra a Covid-19, segue indisponível.

Na ocasião, usuários que tentassem acessar o site encontrariam um recado afirmando que os dados do sistema haviam sido copiados e excluídos, e que estavam nas mãos do grupo invasor.

"Nos contate caso queiram o retorno dos dados", dizia a mensagem.

O caso está sendo apurado pela Polícia Federal. Uma análise preliminar do órgão indicou que não houve sequestro de dados.

A hipótese principal das autoridades é a de que a ação criminosa foi motivada por ativismo político na internet, o chamado hacktivismo.

Em comunicado oficial sobre o caso, em 10 de dezembro, a PF informou que um inquérito foi instaurado "para apuração de autoria e materialidade dos crimes de invasão de dispositivo informático, interrupção ou perturbação de serviço informático, telemático ou de informação de utilidade pública e associação criminosa".

"Foi constatado que os bancos de dados de sistemas do Ministério da Saúde não foram criptografados pelos hackers", afirmou o texto.

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