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Uber quer vender sua participação na concorrente Didi, diz presidente-executivo

Dirigente afirma que mercado chinês é difícil e tem pouca transparência

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Tina Bellon Brenda Goh
Austin e Xangai | Reuters

A Uber busca vender participações em ativos não estratégicos, incluindo sua participação na Didi Global, com sede em Pequim, disse seu presidente-executivo na terça-feira (14), que também descreveu o mercado chinês como difícil e com pouca transparência.

A empresa norte-americana saiu da China em 2016 depois de perder mais de US$ 1 bilhão por ano devido a uma guerra de preços com a Didi. A Uber acabou vendendo suas operações no país para a Didi em troca de uma participação, detendo 12,8% da empresa chinesa, de acordo com um documento da Didi de julho.

"Não acreditamos que nossa participação na Didi seja estratégica. Eles são um concorrente, a China é um ambiente muito difícil com muito pouca transparência", disse o presidente-executivo da Uber, Dara Khosrowshahi, em um bate-papo virtual com um analista do UBS.

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Khosrowshahi disse que a empresa não tem pressa em vender as ações. Ele afirmou que muitas das empresas nas quais o Uber tem participação abriram o capital recentemente e ainda estão sujeitas a um período de 'lockup' —em que investidores de uma companhia na época da listagem não podem vender ações— acrescentando que a Uber continuará a deter algumas participações por razões estratégicas.

A Didi não respondeu imediatamente a um pedido de comentário nesta quarta-feira.

As ações da Uber subiram 4,3%, fechando a US$ 37,26, após as declarações de Khosrowshahi na terça-feira. A plataforma tinha cerca de US$ 13,1 bilhões em investimentos em outras empresas no final do terceiro trimestre, incluindo US$ 4,1 bilhões na Didi.

Alguns investidores ficaram preocupados com o fato de a Uber manter esses investimentos, enviando um sinal ao mercado de que as participações em outras empresas são mais atraentes do que alocar capital nas próprias operações.

Os negócios operacionais da Uber no último trimestre alcançaram, pela primeira vez, lucratividade, com base nos lucros ajustados, mas sua participação na Didi gerou um prejuízo líquido de US$ 2,4 bilhões no período.

As ações da Didi, que foram abaladas por uma investigação por reguladores chineses sobre suas práticas de dados, caíram cerca de 53% em relação ao preço da oferta pública inicial em 30 de junho.

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