Autoridades do Fed (Federal Reserve, banco central do Estados Unidos) sinalizaram que pode ser preciso aumentar a taxa de juros antes do esperado diante da pressão inflacionária, de acordo com ata da reunião de política monetária de 14 a 15 dezembro divulgada nesta quarta-feira (5).
O documento também indica a intenção do BC americano de reduzir sua carteira geral de ativos.
A ata oferece mais detalhes sobre a mudança de rumo adotada pelo Fed no mês passado em direção a uma política monetária mais agressiva contra a inflação.
Os formuladores de política monetária concordaram em acelerar o fim do programa de compras de títulos —implementado no início da pandemia— e previram uma antecipação do aumento de juros, alcançando 0,75 ponto percentual durante 2022.
O documento mostra ainda que o Fed não apenas debateu um aumento inicial das taxas de juros, mas também se deveria usar um segundo mecanismo para conter a inflação ao permitir que suas alocações em Treasuries e títulos lastreados em hipotecas diminuíssem.
A reunião de dezembro foi realizada quando a contagem de casos de Covid-19 começou a aumentar devido à disseminação da variante ômicron.
As infecções subiram muito rapidamente desde então, e ainda não houve comentários de autoridades do alto escalão do Fed que indicassem se a mudança na situação de saúde alterou seus pontos de vista sobre a política monetária apropriada.
O chair do Fed, Jerome Powell, comparecerá ao Comitê Bancário do Senado na próxima semana para uma audiência sobre sua nomeação para um segundo mandato de quatro anos como chefe do órgão.
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