A Folha lança nesta segunda-feira (17) a "calculadora da inflação", que permite corrigir valores com base em quatro índices. A ferramenta pode ser acessada aqui e aparecerá em reportagens sobre o tema.
A calculadora usa dados do Banco Central, o que possibilita a conversão de valores a partir de 1944. O leitor pode, por exemplo, checar quanto R$ 1.000 atuais equivaliam na década de 50 (em cruzeiros) ou então ver o quanto R$ 300 de 2010 passaram a valer em 2015.
Para isso, basta inserir o valor que se deseja alterar, bem como as datas inicial e final –podendo partir tanto de uma data mais antiga para uma atual quanto ir de uma data mais atual para uma mais antiga. O sistema então informa os valores corrigidos e a variação percentual.
Os índices usados pela calculadora são:
- IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo);
- IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado);
- INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor);
- INCC (Índice Nacional de Custo da Construção).
Na última terça-feira (11) O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os dados do IPCA relativos ao ano de 2021, apontando uma variação de 10,06% no índice –a maior alta para o período de janeiro a dezembro desde 2015.
Os números atualizados já constam na calculadora da Folha.
A ferramenta é lançada em um momento em que o Brasil enfrenta um avanço generalizado nos preços, que afeta sobretudo os mais pobres.
Uma sucessão de choques vista ao longo do ano passado está por trás da escalada dos preços.
Depois de desalinhar cadeias produtivas globais, a pandemia seguiu provocando escassez de insumos no mercado internacional em 2021. Com a falta de matérias-primas e a reabertura da economia, os preços ficaram mais caros em diferentes regiões.
No Brasil, a pressão foi intensificada pela desvalorização do real ante o dólar. A moeda americana subiu em meio a turbulências na área política protagonizadas pelo governo Jair Bolsonaro (PL).
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