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França ganha 25º unicórnio, e Macron exalta 'nação startup'

Na presidência rotativa da UE, francês anuncia meta de dez big techs para a região

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São Paulo

O presidente da França, Emmanuel Macron, bateu a meta de produzir 25 unicórnios até 2025, estabelecida por ele mesmo em setembro de 2019. A mais recente startup francesa a bater o valor de mercado de US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões), nesta segunda-feira (17), foi a Exotec.

A empresa, focada em robótica aplicada a logística, entrou para o time de bilionárias após investimento de US$ 335 milhões (cerca de R$ 1,8 bilhão), o que a levou a uma precificação de US$ 2 bilhões (R$ 11 bilhões).

Para comparação, o Brasil tem 19 unicórnios —foram 24 as startups que conseguiram a façanha desde 2017, mas cinco delas já estão listadas em bolsas de valores, o que as faz perder o título. Só no ano passado ano, o Brasil ganhou dez bilionárias após investimento recorde de mais de US$ 9,4 bilhões (cerca de R$ 53 bilhões) no mercado de inovação.

Em vídeo publicado em suas redes sociais, o presidente parabenizou as empresas e anunciou um novo objetivo, agora falando em nome da França como presidente rotativa da União Europeia: dez gigantes europeus da tecnologia até 2030 com valores de mercado superiores a US$ 100 bilhões (R$ 550,5 bilhões). Macron disse que novos anúncios serão feitos na próxima semana.

O presidente chegou à cadeira em 2017 sob a promessa de criar a nação startup. Aos 39 anos, foi um dos muitos políticos tidos como outsiders eleitos ao redor do mundo na época, embora já tivesse ocupado a cadeira de ministro da Economia. Ele protagonizou as primeiras eleições em que os dois principais partidos franceses —socialistas e republicanos— não concorreram no segundo turno.

Em defesa do plano França 2030, criado para investir € 30 bilhões (R$ 188,3 bilhões) em inovação, o presidente vem tentando minimizar a discussão de um embate entre a "nação startup" e a França industrial.

Ao longo dos últimos anos, a União Europeia comprou a briga contra as big techs. Uma das decisões maios recentes, em novembro de 2021, foi a aprovação pelo bloco econômico de um projeto de regulamentação. O texto simboliza uma nova ofensiva: após anos buscando penalização dos gigantes de tecnologia, Bruxelas quer impor às companhias uma série de obrigações e proibições.

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