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Lucro da Apple salta 20% puxado por iPhones

Empresa bateu recorde de receitas no 4º trimestre contornando problemas com fornecedores

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Patrick McGee
San Francisco | Financial Times

A Apple divulgou receita recorde de US$ 123,9 bilhões (R$ 676 bilhões) no último trimestre de 2021, um ganho de 11% em relação ao ano anterior, num sinal de que a companhia contornou as restrições na cadeia de suprimentos melhor do que os analistas esperavam.

O lucro líquido da Apple no período de três meses até dezembro saltou 20%, para US$ 34,6 bilhões (R$ 189 bilhões), bem acima das previsões de US$ 31,1 bilhões (R$ 167,3 bilhões). Os analistas esperavam receitas de US$ 119 bilhões (R$ 640 bilhões).

A ação da Apple subiu 1,6% depois da divulgação dos resultados na quinta-feira (27).

Loja Apple Store na Quinta Avenida, em Manhattan, EUA - Carlo Allegri - 26.nov.2021/Reuters

O diretor financeiro Luca Maestri disse ao Financial Times que os contratempos na cadeia de suprimentos somaram "mais de US$ 6 bilhões (R$ 32 bilhões)", mesma quantia que no trimestre anterior. Na época, a Apple disse que o trimestre de dezembro apresentaria desafios maiores, levando os investidores a prever prejuízos de US$ 10 bilhões (R$ 53,8 bilhões).

Maestri disse que as questões da cadeia de suprimentos estão sendo resolvidas, e acrescentou: "Esperamos bater o recorde de receitas em março e aumentá-las solidamente numa base ano a ano".

O gigante tecnológico sediada em Cupertino, na Califórnia, que atingiu um valor de mercado de US$ 3 trilhões no início de janeiro, disse que o iPhone representou 58% das receitas totais, com alta de 9% em relação ao ano anterior, chegando a US$ 71,6 bilhões (R$ 391 bilhões). Analistas esperavam vendas de US$ 67,4 bilhões (R$ 362,6 bilhões).

"Os cinco smartphones mais vendidos nos Estados Unidos e na Austrália são iPhones", disse Maestri. "Os quatro mais vendidos na China urbana foram iPhones."

As receitas na China subiram 21%, para US$ 25,8 bilhões (R$ 141 bilhões), enquanto as vendas nas Américas aumentaram 11%, para US$ 51,5 bilhões (R$ 281 bilhões) e na Europa subiram 9%, para US$ 29,7 bilhões (R$ 159,8 bilhões). O Japão foi o único ponto fraco, com as vendas caindo 14%, para US$ 7,1 bilhões (R$ 38,2 bilhões), enquanto no resto da Ásia elas subiram 19%, para US$ 9,8 bilhões (R$ 52,7 bilhões).

Segundo o grupo de pesquisas Counterpoint, as remessas de smartphones da Apple para a China subiram 32% em relação ao ano anterior, para 50 milhões de unidades, ocupando o primeiro lugar em venda de smartphones.

A unidade Services, que inclui receitas da App Store, vendas de mídia digital e outras, saltou 24%, para US$ 19,5 bilhões, superando as previsões de ganhos de 19%.

"Temos um ótimo momento em torno de assinaturas pagas —hoje temos mais de 785 milhões de assinantes em nossa plataforma", disse Maestri. "São 165 milhões a mais que nos últimos 12 meses."

Os Wearables (Usáveis), divisão que compreende o Apple Watch e os AirPods, subiu 13%, para US$ 14,7 bilhões (R$ 79,1 bilhões). As vendas de computadores Mac aumentaram 25%, para US$ 10,9 bilhões (R$ 58,6 bilhões).

As vendas de iPad foram a única categoria que teve redução, pois a Apple deu prioridade a obter componentes para o iPhone. As vendas do tablet caíram 14%, para US$ 7,2 bilhões (R$ 38,7 bilhões).

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