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Pagamentos ao FMI 'custaram mais que Covid', diz Cristina Kirchner

Vice-presidente da Argentina culpa governo anterior por problemas de dívida do país

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Adam Jourdan Rodrigo Campos
Buenos Aires e Nova York | Reuters

A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, criticou os pagamentos ao FMI (Fundo Monetário Internacional), dizendo que custaram mais ao país do que a Covid-19, conforme as discussões sobre um novo acordo de US$ 40 bilhões (R$ 220,8 bi) mostram poucos sinais de avanço.

A ex-presidente culpou o governo de seu antecessor, o conservador Mauricio Macri, pelos problemas de dívida do país. O governo de Macri fechou um acordo recorde de US$ 57 bilhões (R$ 314,6 bi) com o FMI em 2018, mas não conseguiu impedir uma crise econômica.

"Está bastante claro que, em 2021, a pandemia 'Macrista' custou ao Estado mais do que a pandemia de Covid-19", escreveu Cristina em um blog na terça-feira (18).

Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina, acena a apoiadores próxima a Alberto Fernández, presidente do país - Matias Baglietto - 11.nov.2021/Reuters

Ela disse que os pagamentos ao FMI no ano superaram os gastos de alívio à Covid-19, citando números indicando que o pagamento de empréstimos custou 1,1% do PIB (Produto Interno Bruto), contra 0,9% para assistência à Covid-19.

A Reuters não conseguiu verificar os detalhes de seus cálculos.

O FMI destinou mais de US$ 4 bilhões (R$ 22 bi) para a Argentina quando alocou mais de US$ 650 bilhões (R$ 3,5 tri) a seus membros no ano passado. O Fundo não respondeu imediatamente a pedidos de comentários.

A Argentina corre para fechar um acordo com o FMI antes do fim de março —com cerca de US$ 18 bilhões (R$ 99,3 bi) a vencer este ano, de acordo com o calendário atual. Os dois lados não concordam sobre a velocidade com que o país deve reduzir seu déficit fiscal.

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