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Sony enfrenta rivais endinheirados em guerra dos videogames

Microsoft se posicionou no metaverso com compra da Activision por US$ 69 bilhões

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Sam Nussey
Tóquio | Reuters

A Sony está enfrentando um novo desafio de rivais com amplos recursos que estão apostando em crescimento acelerado de uma nova geração de videogames online ao mesmo tempo em que o conglomerado japonês busca expansão em várias frentes, incluindo carros elétricos.

A Microsoft deu um grande passo para se posicionar para o "metaverso" com anúncio na véspera de compra da produtora de "Call of Duty", Activision Blizzard, por US$ 69 bilhões (R$ 379 bilhões).

Homens com uniformes de soldados do jogo Call of Duty em feira de games, na Alemanha
Homens com uniformes de soldados do jogo Call of Duty em feira de games em Colônia, na Alemanha - Kai Pfaffenbach - 5.ago.2015/Reuters

As ações da Sony caíram 13% nesta quarta-feira (19) em meio à preocupação de que os jogos a Activision sejam retirados dos consoles PlayStation.

"Eles estão basicamente tentando construir um monstro", disse Serkan Toto, fundador da consultoria Kantan Games em Tóquio. "Não acho que a Microsoft esteja gastando US$ 70 bilhões para se tornar um fornecedor de software para plataformas da Sony."

A estratégia da Microsoft contrasta com a da Sony, que fez acordos incrementais e ganhou elogios por construir uma rede de estúdios de videogames que produziram sucessos como "Homem-Aranha" e "God of War". Analistas dizem que a empresa, e outras do setor, agora podem sentir pressão para fazerem mais acordos em resposta ao avanço da Microsoft.

Nesta quarta-feira, ações de produtoras de videogames como Square Enix e Capcom subiram em meio a especulações de investidores de que o anúncio da compra da Activision pode gerar mais consolidação no setor.

O acordo provavelmente ajudará a expansão agressiva do serviço de assinatura Game Pass, da Microsoft, o que levanta preocupações de que a Sony será forçada a seguir o exemplo. Oferecer jogos por uma taxa fixa pode prejudicar as vendas e corroer as margens.

A companhia japonesa tem uma programação de games muito aguardados, incluindo "Gran Turismo 7" e "Horizon Forbidden West". A Microsoft se apoiou fortemente na série "Halo", cuja última versão foi adiada antes do lançamento em dezembro.

A Sony, que planeja lançar um headset de realidade virtual de próxima geração, também está considerando entrar no negócio de carros elétricos para aproveitar sua vantagem em áreas como entretenimento e chips.

"A Sony pode estar sob pressão para fazer mais aquisições", escreveu o analista Atul Goyal, da Jefferies, acrescentando que "se não houver gargalos regulatórios, a Microsoft poderá perseguir outro alvo em um futuro não muito distante".

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