A superintendência-geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) recomendou ao tribunal do órgão a aprovação da aquisição do Grupo BIG Brasil pelo Carrefour Brasil, mas condicionou o negócio ao desinvestimento de algumas unidades do varejo de autosserviço.
A superintendência recomendou que o negócio seja aprovado com a adoção de "um remédio negociado com as empresas, que mitiga riscos concorrenciais decorrentes da operação", segundo nota publicada em seu site nesta terça-feira (25).
Segundo o Cade, além da alienação de algumas unidades de varejo de autosserviço, a proposta também inclui "compromissos comportamentais relacionados à não-concorrência e à manutenção da viabilidade econômica das unidades desinvestidas até a efetiva transferência dos negócios".
O Carrefour disse, em comunicado, que a proposta de acordo prevê desinvestimento de lojas em patamar inferior ao divulgado na declaração de complexidade do negócio, que foi emitida pela superintendência em novembro.
O Cade tem até 240 dias, prorrogáveis por mais 90 dias, para concluir a análise do negócio, prazo que começou a ser contado em julho passado.
O Carrefour Brasil, unidade local da gigante francesa de varejo Carrefour, anunciou em março passado a aquisição do Grupo BIG por cerca de R$ 7,5 bilhões (US$ 1,36 bilhão).
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