O Twitter anunciou na quinta-feira (20) o lançamento de uma ferramenta onde os usuários podem exibir tokens não fungíveis (NFTs) como suas fotos de perfil.
O recurso, disponível no iOS para usuários do serviço de assinatura Twitter Blue, conecta as contas do Twitter a carteiras de criptomoedas em que os usuários armazenam ativos NFT.
O Twitter exibe as fotos de perfil NFT como hexágonos, diferenciando-as dos círculos padrão disponíveis para outros usuários. Tocar nas fotos faz com que os detalhes sobre a arte e sua propriedade apareçam.
No ano passado, a rede social adicionou uma funcionalidade para os usuários enviarem e receberem bitcoin.
As vendas de NFTs atingiram cerca de US$ 25 bilhões (quase R$ 136 bilhões) em 2021, segundo dados da empresa de pesquisa de mercado DappRadar, embora com sinais de desaceleração do crescimento no final do ano.
Os defensores das tecnologias "Web3", como as NFTs, dizem que elas descentralizam a propriedade online e criam um caminho para que os usuários ganhem dinheiro com criações populares, ao invés de deixar esses benefícios se acumulem principalmente em um punhado de plataformas de tecnologia.
Já os críticos rejeitam as alegações de descentralização e dizem que muitos dos serviços que impulsionam a adoção dessas tecnologias —como as seis carteiras de criptomoedas suportadas pelo produto NFT do Twitter— tem um seleto grupo de investidores por trás.
Em um tuíte amplamente divulgado após o lançamento, a pesquisadora de segurança Jane Manchun Wong destacou um desses links, mostrando como uma interrupção no marketplace de NFTs OpenSea bloqueou temporariamente o carregamento de NFTs no Twitter.
A OpenSea não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.
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