A Uber anunciou nesta quinta-feira (6) que após 7 de março não vai mais entregar refeições de restaurantes pelo Uber Eats no Brasil. Pedidos de itens de lojas de conveniência e mercados pet shops ainda poderão ser feitos.
"Nosso principal objetivo daqui para frente será oferecer acesso à maior e melhor seleção de supermercados, lojas especializadas, pet shops, floriculturas, lojas de bebidas e outros artigos no aplicativo do Uber Eats", afirmou a empresa em nota.
O anúncio ocorreu um dia depois do presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionar projeto de lei que obriga empresas de aplicativos a contratar para seus entregadores seguro para acidentes durante o período de trabalho.
A empresa não mencionou a sanção do projeto no comunicado sobre a decisão de fechar o serviço de entrega de restaurantes.
"Nossos produtos continuam disponíveis da mesma forma que anteriormente em três apps principais: Uber, Uber Eats e Cornershop by Uber", afirmou a companhia.
O Uber Eats começou a funcionar no final de 2015, nos Estados Unidos, e chegou ao Brasil em dezembro do ano seguinte.
Usuários com créditos no aplicativo podem gastá-los em entregas de restaurantes até o dia 7 de março. Depois disso, podem utilizar o valor nos outros serviços oferecidos pela empresa.
Não é a primeira vez que aplicativos de entrega e transporte decidem parar de operar no Brasil. Em 2019, o aplicativo Glovo, que concorria com iFood, Rappi e o próprio Uber Eats, encerrou as atividades no país após um ano da sua chegada, alegando dificuldades por causa da alta competitividade.
Em junho do ano passado foi a vez do espanhol Cabify, aplicativo de caronas, parar de operar no território nacional. A justificativa foi a pandemia de Covid-19 e seu reflexo no setor.
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