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Empresas compraram volume recorde de robôs em 2021

Companhias da América do Norte investiram US$ 2 bilhões em 40 mil unidades

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Timothy Aeppel
Reuters

​Robôs se juntaram à força de trabalho dos Estados Unidos no ano passado em um ritmo jamais visto, fazendo trabalhos como retirar garrafas e latas de esteiras em usinas de reciclagem e colocar produtos em caixas nas empresas de comércio eletrônico. E parece que a tendência vai continuar em 2022.

Empresas em toda a América do Norte investiram mais de US$ 2 bilhões (R$ 10,5 bilhões) em quase 40 mil robôs em 2021 para lidar com a demanda recorde e a escassez de mão de obra impactada pela pandemia. Os robôs passaram a trabalhar em mais indústrias, indo muito além da sua presença histórica no setor automotivo.

Trabalhadora verifica produtos em uma linha de montagem de robôs em província no leste da China
Trabalhadora verifica produtos em uma linha de montagem de robôs em província no leste da China - Liu Zhenqing - 17.dez.2021/Xinhua

"Com o trabalho humano, o que eles produzem depende se estão com fome ou cansados ​​ou tomaram café", disse Brian Tu, diretor de receita da DCL Logistics em Fremont, na Califórnia.

Fábricas encomendaram 39.708 robôs em 2021, 28% a mais do que em 2020, segundo dados compilados da Association for Advancing Automation (Associação para Automação Avançada). O recorde anual anterior de pedidos de robôs era de 2017, com encomenda de 34.904 robôs, avaliados em R$ 1,9 bilhão (R$ 10 bilhões).

Em 2016, os robôs vendidos para montadoras representavam mais do que o dobro em comparação às entregas a todos os outros setores da indústria. Em 2020 outras empresas superaram o setor automotivo, como as de metais e alimentos e bens de consumo.

O comércio eletrônico é outro de rápida expansão. Na DCL, que tem cinco centros para e-commerce, as linhas que receberam robôs podem operar com menos pessoas e produzir 200% mais. Uma parcela crescente de robôs é uma nova geração de "cobots", projetados para trabalhar ao lado de humanos nas linhas de montagem.

"O principal fator para automação é a escassez de mão de obra na indústria", disse Joe Campbell, gerente na Universal Robots, unidade da Teradyne, especializada em cobots.

Campbell disse que os cobots estão entrando em indústrias que há muito resistiam à automação. Na construção, vendeu braços robóticos para uma empresa instalar drywall em grandes projetos.

Fábricas de automóveis também estão encontrando novos usos. A Stellantis está usando cobots em sua fábrica na Itália para ajudar a produzir o novo veículo elétrico Fiat 500.

Embora as fábricas de automóveis usem robôs há décadas para fazer trabalhos como soldar metal, disse ele, é uma novidade cobots realizarem trabalhos de montagem final.

Na semana passada, o presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, disse que vai lançar um robô humanoide em 2023. No curto prazo, esses robôs podem transportar itens em uma fábrica e, eventualmente, resolver a escassez de mão de obra.

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