Empregados de muitas lojas da Apple nos Estados Unidos estão se organizando para se sindicalizar, publicou o jornal The Washington Post nesta sexta-feira (18), citando pessoas familiarizadas com a iniciativa.
A medida ocorre em um cenário de esforços de sindicalização que ganham ímpeto em grandes empresas americanas, como Amazon.com e Starbucks.
A reportagem disse que grupos de empregados de pelo menos duas lojas de varejo da Apple são apoiados por grandes sindicatos nacionais e se preparam para enviar documentos ao Conselho Nacional de Relações Trabalhistas (NLRB na sigla em inglês) no futuro próximo.
Pelo menos seis outras lojas estão em etapas menos avançadas do processo de sindicalização, segundo a reportagem, que acrescenta que a Apple emprega mais de 65 mil trabalhadores no comércio.
A Apple e a NLRB não responderam imediatamente a pedidos de comentários da agência Reuters.
A Apple tem 270 lojas nos Estados Unidos e realizou 36% de suas vendas líquidas totais de US$ 365,82 bilhões (R$ 1,9 trilhão) no ano fiscal de 2021 através das lojas próprias e seu site na web, segundo um documento regulatório.
O executivo-chefe da gigante tecnológica, Tim Cook, recebeu no ano passado pagamentos totais de quase US$ 100 milhões, engordados por prêmios em ações —ou seja, o equivalente a 1.447 vezes o salário médio de seus empregados.
A companhia tinha decidido fechar temporariamente vários canais de vendas em todo o país durante o pico da pandemia de Covid-19.
No ano passado, ela pretendia dar aos funcionários das lojas um bônus único de até US$ 1.000, segundo relatou a Bloomberg News em setembro, em meio a duras condições de trabalho e inquietação entre os funcionários.
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