Os gastos dos consumidores dos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em janeiro e as pressões de preços continuaram a se elevar, com a inflação anual saltando a máximas de quatro décadas.
O Departamento do Comércio informou nesta sexta-feira (25) que os gastos dos consumidores, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, saltaram 2,1% no mês passado, após queda de 0,8% em dezembro.
Economistas consultados pela Reuters previam aumento de 1,5% dos gastos.
Os gastos dos consumidores estão sendo sustentados por fortes poupanças e crescimento salarial, em meio ao aperto do mercado de trabalho. Isso está compensando a redução no dinheiro público para as famílias.
A inflação alta, que está corroendo os ganhos salariais, pode afetar o crescimento econômico. A alta dos preços, que está bem acima da meta de 2% do Fed (Federal Reserve), pode continuar depois que a Rússia invadiu a Ucrânia na quinta-feira (24).
O índice PCE subiu 0,6% em janeiro, depois de avanço de 0,5% em dezembro.
Nos 12 meses até janeiro, o PCE saltou 6,1%, alta mais intensa desde 1982 e após avanço de 5,8% em dezembro na mesma base de comparação.
Excluindo os componentes voláteis de energia e alimentos, o PCE subiu 0,5%, repetindo a taxa de dezembro.
O chamado núcleo do PCE saltou 5,2% em janeiro na comparação anual, maior alta desde 1983, ante 4,9% nos 12 meses até dezembro.
Encomendas de bens duráveis sobem com força
As novas encomendas de bens de capital fabricados nos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em janeiro, enquanto os embarques subiram, sugerindo aceleração nos gastos empresariais em equipamentos no início do primeiro trimestre, embora a inflação tenha respondido por parte dessa alta.
As encomendas de bens de capital excluindo defesa e aeronaves, medida dos planos de gastos das empresas, subiram 0,9% no mês passado, informou o Departamento do Comércio.
O chamado núcleo dos bens de capital avançou 0,4% em dezembro. Economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,5% nas encomendas em janeiro.
Os embarques dos bens de capital aceleraram 1,9% no mês passado, depois de alta de 1,6% em dezembro.
Os embarques de bens de capital são usados para calcular os gastos em equipamentos no PIB (Produto Interno Bruto).
As encomendas de bens duráveis, itens que variam de torradeiras a aeronaves, avançaram 1,6% no mês passado depois de alta de 1,2% em dezembro
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.