Inflação e gastos do consumidor se elevam nos EUA

Segundo o Departamento do Comércio norte-americano, gastos saltaram 2,1% em janeiro

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Lucia Mutikani
Washington | Reuters

Os gastos dos consumidores dos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em janeiro e as pressões de preços continuaram a se elevar, com a inflação anual saltando a máximas de quatro décadas.

O Departamento do Comércio informou nesta sexta-feira (25) que os gastos dos consumidores, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, saltaram 2,1% no mês passado, após queda de 0,8% em dezembro.

Economistas consultados pela Reuters previam aumento de 1,5% dos gastos.

Os gastos dos consumidores estão sendo sustentados por fortes poupanças e crescimento salarial, em meio ao aperto do mercado de trabalho. Isso está compensando a redução no dinheiro público para as famílias.

Pessoas usando máscaras protetoras compram na Macy's Herald Square, em Manhattan, em Nova York - Jeenah Moon - 26.dez.2020/Reuters

A inflação alta, que está corroendo os ganhos salariais, pode afetar o crescimento econômico. A alta dos preços, que está bem acima da meta de 2% do Fed (Federal Reserve), pode continuar depois que a Rússia invadiu a Ucrânia na quinta-feira (24).

O índice PCE subiu 0,6% em janeiro, depois de avanço de 0,5% em dezembro.

Nos 12 meses até janeiro, o PCE saltou 6,1%, alta mais intensa desde 1982 e após avanço de 5,8% em dezembro na mesma base de comparação.

Excluindo os componentes voláteis de energia e alimentos, o PCE subiu 0,5%, repetindo a taxa de dezembro.

O chamado núcleo do PCE saltou 5,2% em janeiro na comparação anual, maior alta desde 1983, ante 4,9% nos 12 meses até dezembro.

Encomendas de bens duráveis sobem com força

As novas encomendas de bens de capital fabricados nos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em janeiro, enquanto os embarques subiram, sugerindo aceleração nos gastos empresariais em equipamentos no início do primeiro trimestre, embora a inflação tenha respondido por parte dessa alta.

As encomendas de bens de capital excluindo defesa e aeronaves, medida dos planos de gastos das empresas, subiram 0,9% no mês passado, informou o Departamento do Comércio.

O chamado núcleo dos bens de capital avançou 0,4% em dezembro. Economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,5% nas encomendas em janeiro.

Os embarques dos bens de capital aceleraram 1,9% no mês passado, depois de alta de 1,6% em dezembro.

Os embarques de bens de capital são usados para calcular os gastos em equipamentos no PIB (Produto Interno Bruto).

As encomendas de bens duráveis, itens que variam de torradeiras a aeronaves, avançaram 1,6% no mês passado depois de alta de 1,2% em dezembro

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.