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Zuckerberg perde R$ 155,4 bi e deixa ranking da Forbes dos 10 mais ricos

Queda nas ações da Meta após resultados frustrantes diminuem fortuna do bilionário

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São Paulo | UOL

Fundador do Facebook, o norte-americano Mark Zuckerberg, 37, está perdendo US$ 29,3 bilhões (R$ 155,4 bilhões) de sua fortuna nesta quinta-feira (3). Com a perda, o patrimônio do bilionário cairia para US$ 85,1 bilhões (R$ 451,2 bilhões), o que o deixaria de fora da lista dos dez mais ricos do mundo, de acordo com o ranking em tempo real da revista Forbes.

Agora, Zuckerberg ocupa a 12ª posição no ranking, liderado por Elon Musk, da Tesla (US$ 235,7 bilhões), seguido por Bernard Arnault, dono da Louis Vuitton (US$ 193,6 bilhões) e por Jeff Bezos, da Amazon (US$ 166,5 bilhões).

A perda é resultado da queda nas ações da Meta, holding dona de Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger. Por volta das 15h14, a ação da empresa na Nasdaq, nos Estados Unidos, perdia 26,01%, vendida a US$ 238,98. A sessão ainda não foi encerrada, então os números ainda podem mudar até o fechamento.

Bezos também está vendo sua fortuna cair hoje, em US$ 10,1 bilhões (R$ 53,5 bilhões), com o recuo de quase 7% nas ações da Amazon.

O presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, durante depoimento no Capitólio dos Estados Unidos - Leah Millis - 11.abr.2018/Reuters

Brasileiro perde US$ 13,3 bilhões

A maior parte da fortuna de Zuckerberg é ligada às ações da Meta, empresa que ele cofundou. Outros cofundadores também estão perdendo bilhões hoje, segundo a Forbes.

Entre eles, o brasileiro Eduardo Saverin, 39, que vê sua fortuna cair US$ 4,3 bilhões nesta quinta, para US$ 13,3 bilhões.

Resultados decepcionantes

Na quarta-feira, após o fechamento do pregão, a gigante da mídia social anunciou que perdeu usuários na América do Norte pela primeira vez em sua história, uma queda em seu lucro no quarto trimestre de 2021 e uma perspectiva de crescimento em desaceleração, o que decepcionou analistas.

Só o Facebook perdeu um milhão de usuários diários, algo inédito para a rede social que sempre soube, em seus 18 anos de existência, como atrair novos usuários.

Enquanto o preço das ações despencava, a capitalização do Facebook, avaliada em US$ 879 bilhões no fechamento do dia anterior, sofria uma perda fenomenal na quinta-feira, a maior da história de Wall Street, de menos US$ 200 bilhões em uma sessão.

"200 bilhões de dólares é mais do que a capitalização combinada de 452 empresas do S&P 500", comentou o presidente da Meeschaert Financial Services, Gregori Volokhine.

O fundador e presidente do Facebook, agora Meta, falou sobre a concorrência de outras plataformas, mencionando, inclusive, o TikTok.

Queda das empresas de tecnologia

Com um faturamento de US$ 33,6 bilhões, a Meta teve um lucro líquido de US$ 10,3 bilhões no quarto trimestre, ou seja, 8% menos que no mesmo período do ano anterior.

E para o primeiro trimestre de 2022, o grupo prevê o menor crescimento de sua história.

As projeções decepcionantes do Facebook chegam em um momento em que o mercado de ações está muito volátil desde o início do ano, enquanto o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos, Fed) anunciou que em breve aumentará as taxas de juros.

As ações de tecnologia, que são altamente sensíveis às taxas de juros, pois afetam os lucros futuros, sofreram perdas desde janeiro.

Fora do Facebook, outras ações da Nasdaq, que subiram durante a pandemia, foram punidas violentamente nas últimas semanas pelo mercado.

É o caso da Netflix, que caiu quase 22% na sessão de 21 de janeiro, perdendo US$ 40 bilhões de avaliação após ter anunciado previsões de crescimento fracas.

Outros investidores viram neste outono uma oportunidade de fazer um bom negócio: "Não acreditamos que a reação do mercado seja justificada e achamos que a ação da Meta é agora uma oportunidade de investimento atraente", disse Ali Mogharabi, analista da Morningstar.

(Com AFP)

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