A agência de classificação de risco Fitch piorou a nota de crédito da Rússia nesta terça (8) de "B" para "C". O rating do país já havia sido rebaixado para "junk" (lixo) na semana passada.
A Fitch afirmou que um calote russo é iminente, conforme as sanções e restrições comerciais minam a disposição do país em pagar os juros da dívida.
Nesta terça, o presidente americano, Joe Biden, anunciou a proibição das importações de petróleo, gás e carvão da Rússia. O Reino Unido também divulgou que deve banir importações de petróleo russo, enquanto a União Europeia divulgou um plano de redução das importações de gás em dois terços no prazo de um ano.
As sanções do Ocidente impostas após a invasão da Ucrânia provocaram turbulência nos mercados financeiros russos.
A agência destacou ainda o decreto presidencial de Vladimir Putin, que poderia forçar uma redenominação dos pagamentos da dívida soberana em moeda estrangeira para a moeda local para credores de países específicos.
"Aumento de sanções e de propostas que podem limitar o comércio de energia elevam a probabilidade de uma resposta política da Rússia que inclui ao menos o não pagamento seletivo de suas obrigações de dívida soberana", disse a Fitch em comunicado.
No dia 16 de março, a Rússia deve pagar US$ 107 milhões em cupons relativos a dois títulos —o país, no entanto, tem um período de 30 dias para fazer o pagamento a partir desta data.
A nota "C" dada pela agência nesta terça é apenas um degrau acima de calote. Com isso, a avaliação da Fitch fica em linha com a da Moody's (que classificou a Rússia com a nota "Ca").
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