A Rússia está retomando um programa de suporte a empresas na esperança de protegê-las dos efeitos das sanções internacionais após o início da guerra na Ucrânia. O programa revive medidas tomadas em 2020, após a pandemia do coronavírus.
A invasão da Ucrânia pela Rússia à Ucrânia em 24 de fevereiro desencadeou uma onda sem precedentes de sanções econômicas e financeiras do Ocidente e seus governos aliados. Empresas também estão fechando ou suspendendo negócios na Rússia.
Em comunicado, o governo russo disse que estava propondo um "pacote abrangente", apresentado pela primeira vez como um conjunto de medidas anticrise em 2020, para "apoiar a economia e os negócios ante as sanções externas".
As medidas vão incluir garantias estatais que permitam às empresas reestruturar empréstimos ou fazer novos, assim como acessar subsídios que ajudem a cobrir custos.
As empresas mais relevantes também ficarão isentas de testes de estresse financeiros, de acordo com o governo.
Entre os setores que se beneficiaram do suporte durante o período mais grave da crise da Covid-19 estão os bancos e a aviação.
O presidente Vladimir Putin disse no sábado que as sanções do Ocidente contra a Rússia eram semelhantes a uma declaração de guerra e defendeu a invasão da Ucrânia, dizendo que Moscou precisava proteger seus próprios interesses e os dos falantes de russo no país em guerra.
As sanções abalaram as perspectivas de uma economia dependente de commodities, que já sofria com uma inflação de 9% antes da invasão.
A Bolsa de Valores de Moscou está fechada desde 25 de fevereiro, após cair abruptamente. Mas o rublo, moeda local que normalmente seria sustentada pelo petróleo —principal exportação da Rússia— perdeu mais de 40% do seu valor este ano, apesar de o Banco Central russo ter dobrado sua taxa básica de juros na semana passada.
Nesta segunda (7), feriado na Rússia, o rublo estava sendo cotado a 131 por dólar.
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