União Europeia x big techs, quiz da semana e o que importa no mercado

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Na semana em que o dólar atingiu o menor valor em relação ao real desde o início da pandemia, o mercado também ficou atento a uma oferta bilionária envolvendo empresas da Bolsa e aos esforços dos governos para diminuir os preços dos combustíveis.

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UE x big techs

Os Estados-membros da União Europeia (UE), a Comissão e o Parlamento Europeu chegaram a um acordo nesta quinta-feira (24) que abre caminho para uma ampla regulação sobre a atividade das big techs.

As novas regras estão previstas para começar a valer em janeiro de 2023 e foram classificadas como históricas pelos membros do Parlamento Europeu. Elas também podem servir como um precedente para medidas semelhantes em outros territórios.

Logos das big techs americanas que formam a sigla "Gafam" (Google, Amazon, Facebook, Apple e Microsoft)
Logos das big techs americanas que formam a sigla "Gafam" (Google, Amazon, Facebook, Apple e Microsoft) - Justin Tallis/AFP

Entenda: o foco da legislação está nas empresas da sigla "Gafam" (Google, Amazon, Facebook, Apple e Microsoft), mas também atinge outras, como a rede TikTok e o site de reservas online Booking. Estão entre as regras que seriam impostas às big techs:

  • Elas terão que oferecer opções de aplicativo de email e de motor de buscas quando o usuário comprar um novo smartphone.
  • As empresas não poderão colocar seus serviços ou produtos no topo das buscas, em detrimento às ofertas de outras marcas.
  • O usuário poderá baixar um app sem ser obrigado a usar a loja de aplicativo da empresa que fabrica o smartphone e terá como desinstalar os apps que vêm junto com os aparelhos.
  • As big techs também não poderão vender a outras empresas informações sobre as preferências e tipo de conteúdo que o usuário consome em suas redes.

Reação: as gigantes de tecnologia atingidas são contra a regulação. A Apple, por exemplo, afirmou que a nova lei poderá criar "vulnerabilidades inúteis em termos de confidencialidade e segurança" para seus usuários.

Por que importa: esse é um episódio importante na luta dos governos para regular as big techs, que vinha sendo marcada pelas rigorosas regras chinesas de um lado e, do outro, por uma legislação americana considerada como frouxa.


Estados definem ICMS sobre diesel

Os estados definiram nesta quinta-feira (25) a alíquota única do ICMS sobre o diesel com um limite máximo de R$ 1,006 por litro no país, mas cada ente poderá subsidiar uma cobrança menor do tributo.

Entenda: a maioria dos estados cobra hoje um valor abaixo da nova alíquota e deverá continuar com esse patamar para não aumentar imposto para os consumidores. O Acre será o único que cobrará o valor máximo de R$ 1,006.

  • As novas alíquotas passam a valer em 1º de julho. Até lá, seguem os patamares atuais, que foram congelados em relação aos preços de novembro, antes do choque nas cotações de petróleo provocado pela guerra.
  • O novo valor também foi calculado com base na cobrança congelada. A definição veio após a lei aprovada pelo Congresso e sancionada neste mês que altera a cobrança do ICMS sobre o valor de bomba (que varia) para uma alíquota fixa sobre o litro.
Funcionário de posto de combustíveis em São Paulo altera a placa com o preço cobrado pelo litro do diesel S-10
Funcionário de posto de combustíveis em São Paulo altera a placa com o preço cobrado pelo litro do diesel S-10 - Rivaldo Gomes/Folhapress

Imposto zerado terá efeito? A medida do governo que acaba com o imposto de importação sobre o etanol reduzirá o preço da gasolina (que leva etanol anidro na sua composição) em menos de 1 centavo, segundo um especialista ouvido pela Folha.

A razão para o cálculo se baseia na mísera dependência do Brasil para o etanol que vem de fora (2%). O governo, porém, projeta que a medida reduzirá o preço da gasolina em R$ 0,20, com o argumento de que a isenção vai aumentar a participação do produto importado no mercado nacional.

E o álcool? Considerado uma alternativa à gasolina para os carros flex, o combustível também encareceu após o mega-aumento anunciado pela Petrobras no começo do mês. A alta chegou a 5%, segundo a S&P Global Commodity Insights.

  • Com a disparada do petróleo, o álcool passa a ser mais demandado, principalmente nos estados onde a conta pende para o seu lado (entenda o cálculo aqui). Com a oferta se mantendo estável, a maior demanda tende a aumentar o preço.

Dê uma pausa

Para assistir:

  • "Queda Livre": documentário entrevista ex-funcionários da Boeing, jornalistas e especialistas em aviação para mostrar o que está por trás dos acidentes na Indonésia e na Etiópia. No catálogo da Netflix.

A Boeing voltou às páginas do noticiário não econômico nesta semana após um avião fabricado pela empresa ter caído na China com 132 pessoas a bordo.

O acidente: o Boeing 737-800 da companhia China Eastern Airlines caiu em um ângulo quase vertical e perdeu 8 km de altitude em menos de dois minutos. As circunstâncias do acidente ainda intrigam os especialistas.

Não é o mesmo: apesar das especulações que surgiram nas redes sociais logo após o acidente, esse modelo é considerado seguro e é antecessor ao Boeing 737 MAX, que está proibido de voar na China há mais de três anos, desde os acidentes em 2018 na Indonésia e em 2019 na Etiópia.

Relembre: o 737 Max foi uma resposta da Boeing à concorrente francesa Airbus, que havia desenvolvido uma aeronave queridinha das companhias aéreas pela economia de combustível que proporcionava.

O sucesso de vendas da rival levou a americana a acelerar o processo de criação do novo modelo, ignorando as melhores práticas de segurança, inserindo um novo dispositivo (MCAS) desconhecido pelos pilotos que se tornaria fatal.

Além da economia:


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