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Games: Uso de NFTs em jogos de videogame divide a indústria

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São Paulo

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Um dos termos da moda no mundo da tecnologia, a sigla NFT (tokens não fungíveis, que funcionam como uma espécie de certificado de propriedade vinculado a um produto digital) tem aparecido cada vez mais em declarações de executivos da indústria de videogames.

Algumas empresas veem essa tecnologia intrinsecamente ligada ao futuro dos jogos virtuais. É o caso, por exemplo, da Ubisoft (criadora de franquias como "Assassin’s Creed" e "Far Cry"), que no fim do ano passado lançou sua própria plataforma para venda de NFTs, a Quartz.

Ainda em fase beta, a plataforma disponibiliza atualmente apenas NFTs de itens cosméticos para o jogo "Ghost Recon Breakpoint". Ainda assim, o anúncio foi muito criticado pelos gamers e, segundo o site Kotaku, até por funcionários da empresa francesa.

Aviso de máquina de venda de NFTs em Nova York
Aviso de máquina de venda de NFTs em Nova York - Brendan McDermid - 1º.mar.22/Reuters

O vice-presidente do Laboratório de Inovações Estratégicas da Ubisoft, Nicolas Pouard, afirmou que a rejeição ao anúncio se deve à ignorância de pessoas "que não entenderam o que um mercado secundário digital pode fazer por elas".

"Por causa do contexto e da situação atual, os gamers acreditam que os NFTs estão destruindo o planeta e são só uma ferramenta para especulação. Mas nós [da Ubisoft] estamos vendo o longo prazo. E o longo prazo é sobre dar aos jogadores a oportunidade de revender seus itens quando eles não os quiserem mais", afirmou ao site australiano Finder.

Executivos de outras grandes empresas de videogames, como Square Enix (de "Final Fantasy") e Eletronic Arts (das séries "The Sims" e "Fifa"), também deram declarações defendendo o uso da tecnologia nos games.

A EA, no entanto, deu um passo atrás mais tarde, dizendo não estar "buscando intensamente" projetos nesse sentido e indicando que a receptividade aos NFTs não está consolidada e nem é uma unanimidade na indústria.

Phil Spencer, chefe da divisão de Xbox na Microsoft, por exemplo, mostrou em entrevista à Axios ter sérias restrições à forma como os NFTs estão sendo adotados nos games, apesar de não descartar por completo a tecnologia.

"Acho que tem muita especulação e experiências acontecendo, e que um tanto da criatividade que eu vejo hoje parece mais exploração que entretenimento", disse.

O ceticismo é compreensível. Muitos dos jogos lançados até hoje com base em NFTs se assemelham a esquemas de pirâmide ou são considerados "play-to-earn" (em que o jogador é incentivado a jogar mais e mais em troca de dinheiro).

Esse, no entanto, não parece ser o caminho que a maior parte das grandes empresas que apostam na tecnologia pensam tomar.

  • A Ubisoft destacou que os itens em NFT disponíveis em seus jogos serão "sempre cosméticos e sem impacto no gameplay";
  • A Valve instituiu na Steam, sua plataforma de venda de jogos para computador, um veto a títulos "que permitam troca de criptomoedas ou NFTs" –apesar disso, sua concorrente, a Epic Store, se manteve aberta a abrigar esses jogos.

Mesmo com uma série de restrições, parece provável que nos próximos anos mais e mais jogos serão lançados com algum tipo de associação com NFTs. Se isso se dará de forma lateral, como geralmente acontece hoje em títulos com microtransações, ou se os NFTs passarão a ter papel central nos games dependerá muito das formas que a indústria encontrará para explorar essa tecnologia e da aceitação dos consumidores a elas.


Play

dica de game, novo ou antigo, para você testar

Elden Ring
(PC, PS 4/5 e Xbox One/X/S)

Provavelmente você já ouviu falar dele (não leu a última edição da Combo?), mas depois de passar a folga de Carnaval jogando "Elden Ring", não tem outra coisa que eu pudesse recomendar. O novo título da FromSoftware é, como prometido, um "Dark Souls" em mundo aberto. O jogo é excelente e pode agradar mesmo quem não é fã dos jogos da desenvolvedora.


Update


novidades, lançamentos, negócios e o que mais importa

  • Mykhailo Fedorov, vice-primeiro-ministro e ministro da transformação digital da Ucrânia, publicou uma carta no Twitter pedindo que as desenvolvedoras de jogos virtuais e plataformas de esports bloqueiem usuários e equipes da Rússia e de Belarus como uma forma de pressionar esses países a encerrar a guerra contra a Ucrânia. Ele também pediu que grandes empresas de games como Riot, Eletronic Arts e Ubisoft fechem seus escritórios na Rússia.
  • A Eletronic Arts anunciou em um comunicado nas redes sociais que está removendo times e seleções da Rússia dos jogos "Fifa 22", "Fifa Mobile" e "Fifa Online". Segundo a empresa, as medidas foram tomadas "em linha com nossos parceiros na Fifa e na Uefa". No mesmo documento, a empresa presta sua solidariedade ao povo ucraniano e pede o fim da invasão à Ucrânia.
  • Após a The Pokémon Company anunciar em vídeo o lançamento de "Pókemon Scarlet & Violet" para Switch, fãs brasileiros começaram uma campanha nas redes sociais para que o jogo tenha localização para o português do Brasil com a hashtag #ScarletVioletPTBR, contando com apoio de influenciadores como Casimiro e Juliette. Por enquanto, estão confirmadas versões em japonês, inglês, espanhol, alemão, italiano, francês, coreano e chinês.
  • Em mais uma movimentação de mercado em direção ao universo dos games, a Netflix anunciou a compra do estúdio finlandês de jogos para celulares Next Games por 65 milhões de euros (R$ 370 milhões). A empresa já trabalhou em jogos baseados nas séries "Stranger Things", da própria Netflix, e "The Walking Dead".

Download

games que serão lançados nos próximos dias e promoções que valem a pena

10.mar

  • "Aztech Forgotten Gods": R$ 112,45 (Xbox One/X/S), R$ 139,99 (Switch), preço não informado (PC, PS 4/5)
  • "Chocobo GP": R$ 264,90 (Switch)
  • "Submerged: Hidden Depths": R$ 112,45 (PC, Xbox One/X/S), preço não informado (PS 4/5)
  • "Workshop Simulator": preço não informado (PC, PS 4, Xbox One)

11.mar

  • "WWE 2K22": R$ 349,90 (PC, Xbox One, PS4), R$ 399,50 (Xbox X/S, PS 5)

Leituras da semana

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