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Nova semana, assunto antigo. As movimentações acerca do comando da Petrobras continuaram concentrando a atenção do mercado nacional nos últimos dias.
Mas outros tópicos também marcaram o noticiário local e internacional. Faça o quiz para saber se você está por dentro do que aconteceu na semana:
Incógnitas da "era Musk" no Twitter
A compra de 9,2% das ações do Twitter por Elon Musk, que o tornou o maior acionista da empresa, e o convite para ele integrar o conselho de administração da companhia seguem repercutindo dentro e fora da empresa.
Dentro do Twitter, alguns funcionários estão preocupados que Musk possa influenciar as decisões da plataforma sobre moderação de conteúdo, segundo a agência Reuters.
- O caso mais emblemático é o do ex-presidente dos EUA Donald Trump, que teve sua conta banida da rede após a invasão do Congresso americano no ano passado. Com a compra de Musk, políticos republicanos foram à rede pedir pelo retorno de Trump.
- Os funcionários dizem estar preocupados mesmo após o Twitter reforçar que seu conselho de administração não toma decisões políticas. Um funcionário do alto escalão ouvido pela Reuters disse que não há planos para reintegrar a conta de Trump.
No mercado, existe a ideia de que o jeito Musk de fazer negócios pode acelerar a solução de alguns dos maiores problemas do Twitter, como lançamentos de novos recursos e o alcance de um público maior.
- Esse foi o principal motivo apontado pelos analistas para as ações da rede terem disparado 21% no dia da divulgação do negócio.
- Na terça, a plataforma anunciou que começará a testar um botão "editar" para os tuítes. A empresa disse que já estava desenvolvendo o recurso há algum tempo, mas o próprio Musk tinha defendido a novidade em algumas publicações.
Mais sobre a empreitada de Musk no Twitter:
- Como a compra representa a chegada de um novo tipo de barão da mídia no debate público.
- Nos EUA, um jornalista da Fox News festejou, e outro da CNN disse temer o poder que Musk poderá ter na plataforma.
Petrobras tira Bolsa do vermelho
Em um sinal de que a indicação de José Mauro Coelho para a presidência da Petrobras foi bem recebida pelos investidores, as ações da estatal saltaram 5,19% nesta quinta (7).
Elas acabaram puxando o Ibovespa para cima em um dia que começou azedo lá fora.
Em números: o Ibovespa fechou em alta de 0,54%, a 118.862 pontos, e o dólar avançou 0,55%, para R$ 4,74.
O que explica: a apreciação da divisa americana é ainda um rescaldo da reação dos investidores à ata da última reunião do Fed, divulgada na quarta (6).
- O documento mostrou que membros do banco central americano estão abertos a uma alta de 0,5 ponto percentual em uma ou mais reuniões deste ano.
- O mercado viu na ata um tom mais agressivo do que vinha sendo discutido na luta do Fed contra a inflação.
Na Petrobras: os analistas acreditam na continuidade da estratégia e da política que define os preços dos combustíveis. Coelho é considerado alguém com conhecimento técnico do setor, mas com pouca experiência em gestão corporativa.
- A solução caseira, cercada de sigilo, foi definida de última hora e sem deixar margem para novos questionamentos, segundo relatos colhidos pela Folha.
- A escolha do novo presidente da Petrobras não põe fim à crise entre o Planalto e a petroleira, opina Julio Wiziack, repórter especial da Folha em Brasília.
- O preço da gasolina nas refinarias brasileiras está hoje mais alto do que as cotações internacionais, mas o mercado não espera que a estatal promova cortes nesse momento.
Mais sobre as Bolsas:
As ações da HP dispararam 14,75% e atingiram a máxima histórica nesta quinta (7) após a divulgação de que a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, aumentou sua fatia acionária na empresa, para 11,4%.
Dê uma pausa
- Para assistir: "De Volta Ao Espaço", na Netflix.
Ele mais uma vez esteve no centro das atenções nesta semana. Elon Musk se tornou o maior acionista do Twitter, plataforma em que costuma criticar algozes, impulsionar criptomoedas e questionar a própria rede.
Nesta semana, entrou no catálogo da Netflix o documentário "De Volta Ao Espaço", que explora outra obsessão de Musk: a conquista do que existe além da Terra.
- Das mesmas diretoras do documentário "Free Solo", vencedor do Oscar em 2019, a obra se concentra no trabalho dos engenheiros da SpaceX para acompanhar o rimto da mente do fundador, Elon Musk.
- Como pano de fundo, a missão de levar dois astronautas veteranos da NASA de volta à Estação Espacial Internacional.
Além da economia:
- Expresso Ilustrada: podcast mostra importância de Lygia Fagundes Telles para a literatura brasileira; ouça.
- GuiaFolha: conheça 10 exposições grátis para visitar em SP na época da SP-Arte.
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