Descrição de chapéu África

Bitcoin vira moeda legal em mais um país

República Centro-Africana anunciou medida semelhante à de El Salvador nesta quarta

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Bangui | Reuters

A República Centro-Africana, segundo país menos desenvolvido do mundo de acordo com a ONU, adotou o bitcoin como moeda oficial ao lado do franco CFA e legalizou o uso de criptomoedas. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (27) pela Presidência.

É o primeiro país da África a adotar o bitcoin como moeda de referência e o segundo no mundo, depois que El Salvador fez o mesmo em 7 de setembro de 2021.

A Assembleia Nacional aprovou por unanimidade a lei "que rege a criptomoeda na República Centro-Africana" e o presidente Faustin Archange Touadéra a promulgou, informou em um comunicado o ministro de Estado e chefe de gabinete da presidência, Obed Namsio.

"Esta decisão coloca a República Centro-Africana no mapa dos países mais corajosos e visionários do mundo", afirmou a presidência do país, cenário de uma guerra civil há quase nove anos.

Faustin Archange Touadera, presidente da República Centro-Africana, na Assembleia do país, em Bangui - Barbara Debout - 30.mar.2022/AFP

No país centroamericano, a ideia começou a circular em 5 de junho, quando o presidente Nayib Bukele anunciou a intenção em um vídeo enviado à conferência Bitcoin 2021, realizada na Flórida, nos Estados Unidos.

Apenas quatro dias depois, o projeto foi aprovado pela Assembleia Legislativa de maioria governista, e em três meses passou a fazer parte do dia a dia da população.

Às vésperas de entrar em vigor, uma pesquisa da Universidade Centro-Americana apontava que 65,2% da população não concordava com a ideia de o governo direcionar recursos para implementar a novidade. O governo Bukele deu US$ 30 (R$ 155,10, na cotação da época) a quem baixasse o Chivo, carteira digital do país.

Desde então, El Salvador enfrentou protestos contra a adoção da criptomoeda, mas também a defesa de parte dos comerciantes. Bukele, que já destituiu juízes da Suprema Corte do país e removeu o procurador-geral de seu cargo, sustenta as maiores taxas de aprovação de um presidente na América Latina.

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