Dois jovens brasileiros na lista de bilionários da Forbes, Amazon x Starlink e o que importa no mercado

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Os brasileiros sub-30 na lista da Forbes

Os brasileiros Pedro Franceschi, 25, e Henrique Dubugras, 26, entraram para a lista de bilionários da Forbes atualizada pela revista nesta terça (5). Outra novata que merece destaque nesse seleto grupo é a cantora Rihanna.

Quem é quem: Franceschi, do Rio, e Dubugras, de São Paulo, são os fundadores da Brex, de cartão corporativo para startups. A fortuna de cada um foi estimada pela revista em US$ 1,5 bilhão (quase R$ 7 bilhões).

  • Os dois já foram considerados prodígios lá atrás, quando criaram a empresa de pagamento Pagar.me, em 2013, e, em menos de um ano, conseguiram captar R$ 1 milhão em investimentos, como mostra essa reportagem da Folha na época.
  • De acordo com a Forbes, os dois se conheceram pelo Twitter e tinham em comum um talento voltado para a programação. Franceschi, por exemplo, fez a Siri (assistente virtual do iPhone) entender português antes de a Apple disponibilizar o idioma.
  • Em 2016, a Pagar.me foi vendida para a gigante de pagamentos Stone, e os dois foram estudar em Stanford, de onde interromperam a graduação para se dedicar totalmente à Brex, criada no Vale do Silício.
  • Na semana passada, a Brex, que hoje também tem como clientes empresas de médio porte, anunciou uma captação de US$ 300 milhões (R$ 1,4 bi), que a avaliou em US$ 12,3 bi (R$ 57 bi).
  • A startup promete agilidade para acessar serviços financeiros e faz análise de crédito a partir da avaliação do perfil dos investidores e do fluxo de caixa, por exemplo, em vez de exigir garantias pessoais dos empreendedores.
Henrique Dubugras (esq) e Pedro Franceschi, então com 18 anos, quando receberam o investimento de R$ 1 milhão na Pagar.me, que mais tarde seria vendida para a Stone
Henrique Dubugras (esq) e Pedro Franceschi, então com 18 anos, quando receberam o investimento de R$ 1 milhão na Pagar.me, que mais tarde seria vendida para a Stone - Gustavo Epifanio - 14.out.2014/Folhapress

Outros destaques do ranking da Forbes:

Top 5: os mais ricos do mundo, segundo a Forbes:

  1. Elon Musk -US$ 219 bi (R$ 1 trilhão)
  2. Jeff Bezos - US$ 171 bi ( R$ 789,4 bi)
  3. Bernard Arnault e família - US$ 158 bi (R$ 729,4 bi)
  4. Bill Gates - US$ 129 bi (R$ 595 bi)
  5. Warren Buffett - US$ 118 bi (R$ 544,7 bi)

Amazon entra na briga da internet por satélite

A Amazon apresentou nesta terça seus planos para lançar ao espaço milhares de satélites de baixa altitude.

Entenda: o objetivo é oferecer internet banda larga a milhões de pessoas, e a princípio a prioridade é para regiões que ainda não possuem acesso à rede.

Com o passar do tempo, a ideia das empresas –a SpaceX, de Elon Musk, é outra que investe na área– é criar uma constelação desses satélites, que se espalhariam ao redor do planeta.

Em números: os contratos firmados pela Amazon preveem até 83 lançamentos em cinco anos para colocar no espaço a maioria dos seus 3.236 satélites. Segundo a empresa, é a maior encomenda de foguetes da história.

Estão envolvidos no projeto a empresa formada por Boeing e Lockheed Martin, a Blue Origin, de Jeff Bezos, que deixou a presidência mas ainda apita na Amazon, e a francesa Arianespace.

Os 60 primeiros satélites Starlink, empilhados antes de se separarem do segundo estágio do foguete Falcon 9 | Mensageiro Sideral
Os 60 primeiros satélites Starlink, empilhados antes de se separarem do segundo estágio do foguete Falcon 9 | Mensageiro Sideral - SpaceX - 27.mai.2019/Reprodução

SpaceX na dianteira: a empresa de Musk já colocou em órbita 2.000 dos 18 mil satélites previstos para criar a rede de internet Starlink, que vende serviços em muitos países. A ideia é que ela fique completa em 2029, e para isso serão investidos US$ 30 bilhões (R$ 139 bi).

  • Em fevereiro, logo após a invasão russa à Ucrânia, o primeiro carregamento de terminais de internet via satélite da Starlink chegou ao governo ucraniano, para fornecer conexão em áreas em conflito.
  • A tecnologia está sendo usada também por drones ucranianos que monitoram a movimentação de tropas russas, segundo o jornal britânico The Times.

E no Brasil? No começo deste ano, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) aprovou o direito de exploração de satélites para a SpaceX e para sua concorrente Swarm.

Em novembro de 2021, o governo brasileiro e a empresa de Musk fecharam um acordo para oferecer internet em áreas remotas do Brasil.


Executivos brasileiros otimistas com o metaverso

Os executivos brasileiros estão mais otimistas com o impacto do metaverso em seus negócios do que os americanos ou os europeus, indica uma pesquisa feita pela consultoria Accenture.

Em números: dos profissionais brasileiros de alto escalão consultados, 78% afirmam que o metaverso terá um impacto positivo em seus negócios. O levantamento ouviu 4.650 executivos em 35 países.

O que explica: entre os motivos para esse otimismo, segundo a Accenture, está a grande parcela de jovens na população e também o interesse dos brasileiros pelos dispositivos móveis e pela vida online. Problemas de conexão, porém, devem ser obstáculos.

Entenda: o metaverso tem a proposta de misturar a realidade virtual e o mundo real e também se transformou em terra fértil para marcas e investidores que não querem perder a onda.

Sobre o metaverso, a Folha já mostrou:

Mais sobre ativos digitais:
A bolha dos NFTs não está estourando, mas pode ter surgido um vazamento.

As vendas no OpenSea, maior mercado de negociação desses ativos, atingiram quase US$ 5 bilhões em janeiro. Foi um salto gigantesco em relação aos US$ 8 milhões do ano anterior, mas depois elas caíram para cerca de US$ 2,5 bilhões no mês passado.


Passagens aéreas até 62% mais caras

Conforme era esperado diante da escalada das cotações do petróleo, as passagens aéreas ficaram mais caras no país nas últimas semanas.

De janeiro, antes da guerra, a março, o preço médio delas subiu até 62% no Brasil, segundo levantamento da Kayak, empresa especializada em busca de viagens.

O que explica: o querosene de aviação representa boa parte dos custos das companhias aéreas e também tem seu preço atrelado às cotações internacionais do petróleo.

Em números: entre as 20 rotas nacionais mais buscadas, os voos para Brasília foram os que sofreram o maior reajuste (62%), segundo o levantamento, que considera voos com origem em todo o país até 31 de dezembro de 2022.

Na sequência do ranking de aumento de preços de voos domésticos estão Florianópolis (51%), São Paulo (49%), Navegantes (49%) e Rio de Janeiro (47%).


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