Descrição de chapéu LGBTQIA+

Exxon proíbe exibição de bandeira LGBTQIA+ em mastros corporativos, diz Bloomberg

Medida é vista como revés em avanço pela diversidade na companhia

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Salvador

A Exxon Mobil Corp. planeja proibir que a bandeira LGBTQIA+ seja hasteada no mastro corporativo do lado de fora de seus escritórios durante o mês do Orgulho, em junho, segundo a agência Bloomberg, que teve acesso a novas orientações da companhia que proíbem "bandeiras sobre posições externas".

Segundo a Bloomberg, a nova regra da Exxon proíbe a exposição de bandeiras do orgulho LGBTQIA+ e do Black Lives Matter, entre outras. Em vez disso, permite o hasteamento de uma bandeira que represente os funcionários LGBTQIA+ da companhia, desde que não apresente com destaque o logotipo da Exxon. A proibição causou transtorno entre funcionários da empresa em Houston, nos Estados Unidos.

"O protocolo de bandeiras atualizado tem o objetivo de esclarecer a utilização da bandeira da ExxonMobil, e não de diminuir nosso compromisso com a diversidade", disse a vice-presidente de recursos humanos da companhia, Tracey Gunnlaugsson, em comunicado. "Estamos comprometidos em manter um espaço de trabalho aberto, honesto e inclusivo para todos os nossos funcionários, e ficamos tristes por eles pensarem o contrário."

Logo da Exxon Mobil em monitor na Bolsa de Nova York - Lucas Jackson - 30.dez.2015/Reuters

Apesar da proibição da bandeira do arco-íris, mundialmente reconhecida, a Exxon ainda apoia a exibição de banners e bandeiras com logotipos de grupos de funcionários que se unem com o objetivo de estimular um ambiente mais diverso na empresa onde trabalham (ERGs, na sigla em inglês), especialmente em meses comemorativos, afirmou Gunnlaugsson. "As bandeiras estão diretamente ligadas ao nosso negócio e ao apoio da empresa aos nossos ERGs, incluindo orgulho LGBTQ+."

As novas orientações da Exxon ocorrem num momento em que empresas no mundo todo são pressionadas a tomar posições sobre causas sociais, como direitos LGBTQIA+ e igualdade racial.

A Disney, por exemplo, foi cobrada recentemente a se posicionar contra a lei batizada de "Don't Say Gay Bill", aprovada na Flórida, que proíbe professores de falar sobre questões LGBTQIA+ a alunos que tenham até nove anos ou a qualquer outro grupo para o qual julgarem o tema inapropriado.

A situação se agravou quando foi revelado que a Disney tem, em sua lista de políticos que recebem doações, nomes que apoiam abertamente a "Don't Say Gay Bill". Além disso, funcionários da Pixar, um dos principais estúdios de animação do mundo e parte da Walt Disney Company, divulgaram uma carta em que acusam a empresa de censurar cenas de afeto entre personagens do mesmo sexo em seus filmes.

Após críticas, o diretor-executivo da empresa, Bob Chapek, passou a condenar a medida e suspender as doações políticas no estado.

A Exxon fez avanços para melhorar a diversidade e estender benefícios de funcionários na última década, mas a disputa sobre a bandeira do arco-íris é considerada internamente um revés para os funcionários LGBTQIA+ e seus aliados, diz a Bloomberg.

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