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Em uma semana marcada pelas divulgações de índices que mostraram uma inflação persistente em todo o mundo, outras notícias também movimentaram o mercado local nos últimos dias.
Faça o quiz para saber se você está por dentro do que aconteceu na semana:
Musk quer o Twitter só para ele
Aconteceu o que muita gente imaginava. Elon Musk anunciou nesta quinta (14) uma proposta para comprar o Twitter por cerca de US$ 43,4 bilhões (R$ 197 bilhões), afirmando que a rede social precisa se tornar uma empresa de capital fechado para ter mudanças efetivas.
Entenda o caso: o dono da Tesla e da SpaceX é um dos usuários mais influentes na plataforma e iniciou sua ofensiva em março, quando comprou 9,2% das ações –a aquisição foi divulgada no início deste mês.
Desde então, ele chegou a ser convidado para o conselho de administração da companhia, mas desistiu da cadeira e passou a criticar ainda mais a rede. Caso assumisse o cargo, Musk também seria limitado a comprar, no máximo, 14,9% das ações do Twitter.
A oferta: o bilionário encaminhou à SEC (CVM americana) uma proposta para pagar US$ 54,20 (R$ 255) por ação e afirmou que era um ágio de 38% sobre a cotação dos papéis em 1º de abril (antes da primeira compra ser divulgada).
- Nesta quinta, elas acompanharam o resto do mercado e fecharam em baixa de 1,68%, a US$ 45.
- Na oferta, Musk disse que seu objetivo era "destrancar" o potencial da companhia para que ela se tornasse "a plataforma da liberdade de expressão em todo o mundo".
- Ele ainda deu a entender que poderia vender sua participação acionária no Twitter se essa oferta, que é "a melhor e a última", for recusada.
Tem o dinheiro? A fortuna de Musk é avaliada pela Forbes em US$ 264,6 bi (R$ 1,16 trilhão), mas ele não tem esse dinheiro na mão.
- A maioria está em ações da Tesla, mas, por políticas da empresa, ele não conseguiria vender o montante necessário para comprar o Twitter, como mostra o Wall Street Journal.
- Ainda nesta quinta, em uma conferência TED em Vancouver, Musk disse que tinha "ativos suficientes" para bancar a transação
Repercussão:
Durante o evento, ele também comentou sobre suas ideias para a rede social, dizendo que ela deveria evitar apagar mensagens e que priorizaria eliminar o spam e os exércitos de "bots" do Twitter,
Ele ainda defendeu a ideia de suspensões temporárias em vez de exclusões definitivas. Aqui entra o caso do ex-presidente americano Donald Trump, que foi banido da plataforma após os protestos no Capitólio.
Novo presidente da Petrobras defende continuidade
Após ter sua nomeação para a presidência da Petrobras confirmada pelo conselho de administração da companhia, José Mauro Coelho disse nesta quinta que a política de preços da estatal é "necessária" para o país.
Manutenção: ele também deu um tom de continuidade às estratégias da estatal de foco dos investimentos na exploração e produção do pré-sal e de priorizar operações de refino em regiões próximas da produção de petróleo e dos maiores mercados.
Por que importa: Coelho foi a segunda opção do governo para substituir Silva e Luna, que foi demitido do comando da companhia após o mega-aumento dos combustíveis no mês passado.
- A continuidade das políticas da Petrobras não é uma surpresa para o mercado, tanto pelo perfil do novo presidente quanto pelo estatuto da companhia.
- A estatal adotou uma série de medidas após a Lava Jato para se blindar de interferência política (entenda aqui quais são elas).
Derrota para o governo: na assembleia que aprovou o nome de Coelho para o conselho, na quarta (13), a União perdeu mais uma cadeira para os acionistas minoritários.
- Agora, são seis representantes do governo, quatro dos minoritários e uma dos trabalhadores da estatal.
- A companhia também planejava discutir o item sobre mudanças no estatuto da companhia com o objetivo de melhorar a governança, mas o MME (Ministério de Minas e Energia) pediu a retirada do tema da pauta do dia.
- A justificativa foi de que a pasta não teve oportunidade de apreciar as medidas, o que o diretor de Governança da Petrobras nega.
Dê uma pausa
- Para assistir "WeCrashed" - disponível na AppleTV+
A série acompanha a trajetória do casal empreendedor Adam e Rebekah Neumann (Jared Leto e Anne Hathaway) e a ascensão e derrocada da startup criada por ele, a WeWork.
Relembre: a história da WeWork, fundada em 2010, é uma daquelas de uma empresa que pega carona numa crise –nesse caso, a de 2008– para criar algo inovador e logo torna-se queridinha dos investidores de capital de risco.
- Partindo dos caríssimos aluguéis nos grandes centros, a estratégia da WeWork era alugar prédios inteiros e sublocar mesas ou salas para quem não podia pagar um espaço só seu. Em seu auge, ela chegou a valer US$ 47 bilhões.
- Mas as coisas desandaram quando a startup entrou com pedido de IPO e teve que expor ao mercado os detalhes de sua contabilidade. Tudo era baseado em expectativas futuras, mas no presente o prejuízo vinha crescendo.
Para piorar a situação, tinham os problemas de governança. Adam Neuman, na época presidente, foi acusado de discriminar funcionários, servir tequila ao demitir pessoas e não reembolsar trabalhadores por refeições que incluíssem carne vermelha.
- A partir daí, a empresa desistiu de fazer seu IPO, Adam foi afastado do cargo e a WeWork teve que recorrer a bilhões de seus investidores para não ir à falência.
À frente de boas ideias e de negócios, no entanto, o que realmente move a trama de "WeCrashed" é a relação de Adam e Rebekah, que Anne Hathaway descreve como sendo cheia de química e também muito complicada.
Crítica: 'WeCrashed', das séries de picaretas, é a que mais resume nossos tempos, opina a colunista da Folha Luciana Coelho.
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