Shopee tem 2 milhões de lojistas no Brasil, Itaú e Totvs formam parceria e o que importa no mercado

Leia a edição da newsletter FolhaMercado desta quarta-feira (13)

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Esta é a edição da newsletter FolhaMercado desta quarta-feira (13). Quer recebê-la de segunda a sexta, às 7h, no seu email? Inscreva-se abaixo.


Shopee se diz brasileira

A Shopee se considera brasileira. A gigante asiática do varejo, que começou a comercializar produtos de vendedores nacionais em julho de 2020, hoje acumula 2 milhões desses lojistas locais e em 2021 vendeu para 56% dos consumidores online no país.

A empresa: com sede em Singapura, foi lançada em 2015 em sete países do sudeste asiático e pertence ao grupo Sea, que também é dono do "Free Fire".

Loja da Shopee em Singapura
Loja da Shopee em Singapura - Edgar Su - 5.mar.2021/Reuters

A Shopee no Brasil:

  • Foi o app de compras mais baixado do país no ano passado, com mais de 100 milhões de downloads, segundo dados da EmizenTech.
  • Passou de 1 milhão de "sellers" (vendedores locais) em outubro de 2021 para 2 milhões neste mês de abril. Entre seus concorrentes no Brasil, o Magazine Luiza tem 160 mil, a Americanas, 122 mil, e o Mercado Livre, considerando toda a América Latina, tem 9 milhões.
  • A empresa diz que 87% das suas vendas são feitas pelos vendedores brasileiros, e os 13% restantes são importados.

Por que importa: as empresas varejistas brasileiras vêm em uma ofensiva junto ao governo para aumentar o cerco sobre os sites –principalmente os asiáticos– que vendem produtos importados no Brasil.

A Folha mostrou que a Receita Federal está preparando uma MP (medida provisória) para impedir que empresas de fora vendam mercadorias para brasileiros sem pagar os devidos impostos.

Ofensiva comercial: outra asiática, a varejista de moda Shein e a cantora Anitta anunciaram nesta segunda (11) uma parceria para uma coleção com peças da cantora.

  • O investimento no marketing é uma estratégia comum entre os sites asiáticos para ganhar mercado por aqui.
  • A Aliexpress lançou no mês passado uma campanha com a influencer Gkay, enquanto a Shopee já fez anúncios com os Barões da Pisadinha e a atriz Larissa Manoela.

Itaú investe R$ 1 bi em fintech da Totvs

O Itaú vai destinar até R$ 1 bilhão para adquirir 50% do capital da Totvs Techfin, a fintech do grupo Totvs, maior fornecedor de softwares de gestão para pequenos e médios negócios no país.

O negócio: o banco pagará R$ 410 milhões à vista e irá injetar outros R$ 250 milhões na fintech. Mais R$ 450 milhões podem ser pagos pelo Itaú em até cinco anos, mediante o cumprimento de metas.

A estratégia: se de um lado a Totvs embolsará uma boa grana e terá em sua plataforma a oferta dos serviços financeiros do Itaú, o banco terá exclusividade na distribuição e terá acesso às PMEs (pequenas e médias empresas) clientes da Totvs.

  • O acordo acontece num momento de crescimento dos negócios que envolvem o combo de serviços financeiros e de gestão para PMEs.

O que esperar do open finance:

  • Segundo especialistas e o próprio Banco Central, o sistema deverá ser sentido pelo consumidor em médio e longo prazos, quando novos modelos de negócios devem surgir a partir do sistema.
  • A iniciativa também deve beneficiar os pequenos empresários, que poderão ter acesso a crédito mais barato.

Inflação nos EUA chega a 8,5%

Os preços ao consumidor nos EUA, indicador usado para medir a inflação americana, subiram 1,2% em março, na maior alta para o mês em 16 anos e chegaram a 8,5% no acumulado de 12 meses. Nessa comparação, é o resultado mais alto desde 1981.

Por que importa: a escalada da inflação americana reforça a expectativa do mercado para uma alta de 0,5 ponto percentual na próxima reunião do Fed, o banco central americano.

Quando os juros sobem nos EUA, os mercados acionários costumam sentir o baque da retirada de recursos para os títulos do Tesouro americano. Outra tendência é a saída de recursos de mercados emergentes, como o Brasil.

Repercussão: no Brasil, o Ibovespa caiu 0,69%, a 116.146 pontos, na terceira baixa consecutiva. O dólar recuou 0,34%, a R$ 4,67, com os investidores ainda de olho no ciclo de alta de juros no Brasil, que beneficia a estratégia de captar crédito a um custo mais baixo lá fora e aplicar aqui.

Petróleo: após recuar para um patamar abaixo de US$ 100 na véspera, a commodity voltou a subir forte nesta terça, o que significa pressão contínua para a inflação global.

No início desta noite, o barril do Brent disparava 6,65%, a US$ 105,03 (R$ 488,14), com os sinais de que a China irá afrouxar as restrições para conter os casos de Covid em Xangai somados a uma previsão de menor demanda que veio da Agência Internacional de Energia.


Serviços têm novo recuo em fevereiro

O volume do setor de serviços voltou a cair em fevereiro, com recuo de 0,2% na comparação com janeiro, informou o IBGE nesta terça.

Dos últimos sete resultados mensais, cinco tiveram resultado negativo.

Em números: o resultado veio bem abaixo da mediana das expectativas do mercado, que projetava avanço de 0,7%. O setor acumulou perda de 2% nos dois primeiros meses de 2022, mas ainda está 5,4% acima do patamar pré-pandemia.

O que puxou a queda no mês: os serviços de informação e comunicação, que recuaram 1,2%. Essa atividade foi a que mais cresceu durante a pandemia, e ainda acumula alta de 8,6% em relação ao período pré-crise sanitária.

Impacto da inflação: o avanço do índice de preços chegou também ao setor e faz com que as pessoas deixem de consumir alguns serviços para priorizar os bens de primeira necessidade, aponta o IBGE.


  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.