Veja para quanto pode ir a aposentadoria do INSS em 2023

Governo prevê inflação de 6,7% neste ano, percentual que deve ser aplicado ao salário mínimo e benefícios do INSS

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Os aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) poderão ter reajuste de 6,70% na aposentadoria e demais benefícios, conforme a previsão de inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) para este ano, que consta no PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2023.

O projeto de lei com diretrizes para o Orçamento de 2023 foi enviado ao Congresso pelo governo nesta quinta-feira (14) e prevê um salário mínimo de R$ 1.294 para o ano que vem.

O mínimo, que também é o piso dos benefícios da Previdência, teria apenas a reposição da inflação mais os arredondamentos. Neste ano, o piso nacional está em R$ 1.212.

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Benefícios do INSS podem ter reajuste de 6,7% no ano que vem, conforme INPC previsto para 2022 - Gabriel Cabral/Folhapress

A inflação projetada pelo governo é usada não apenas para corrigir o salário mínimo e os demais benefícios da Previdência, mas também serve como base para calcular os gastos do Executivo no próximo ano.

No projeto de lei enviado ao Congresso, o Executivo também projeta os salários mínimos para os anos de 2024 e 2025, com base em projeções de inflação. Pelos cálculos, o piso será de R$ 1.337, em 2024, e de R$ 1.378, em 2025.

Veja para quando pode subir a aposentadoria em 2023 (em R$)

Valor do benefício em 2022 Valor projetado para 2023
1212 1.294
1.300 1.387
1.400 1.494
1.500 1.601
1.600 1.707
1.700 1.814
1.800 1.921
1.900 2.027
2.000 2.134
2.100 2.241
2.200 2.347
2.300 2.454
2.400 2.561
2.500 2.668
2.600 2.774
2.700 2.881
2.800 2.988
2.900 3.094
3.000 3.201
3.100 3.308
3.200 3.414
3.300 3.521
3.400 3.628
3.500 3.735
3.600 3.841
3.700 3.948
3.800 4.055
3.900 4.161
4.000 4.268
4.100 4.375
4.200 4.481
4.300 4.588
4.400 4.695
4.500 4.802
4.600 4.908
4.700 5.015
4.800 5.122
4.900 5.228
5.000 5.335
5.100 5.442
5.200 5.548
5.300 5.655
5.400 5.762
5.500 5.869
5.600 5.975
5.700 6.082
5.800 6.189
5.900 6.295
6.000 6.402
6.100 6.509
6.200 6.615
6.300 6.722
6.400 6.829
6.500 6.936
6.600 7.042
6.700 7.149
6.800 7.256
6.900 7.362
7.000 7.469
7.087,22 7.562

Percentual final só sai em janeiro

Os índices de inflação utilizados são apenas previsões. O reajuste final dos benefícios do INSS só sai em janeiro de 2023, quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga a inflação do ano. Até agora, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado de 12 meses até março está em 11,30%.

O percentual é o maior para a inflação oficial do país desde março de 1994, antes de o Plano Real (implantado em julho), quando o indicador atingiu 42,75%. O índice, que geralmente é bem próximo do INPC, usado para reajustar salários, chegou a 1,62% em março deste ano.

Neste ano, a meta de inflação é de 3,50%, podendo chegar a 5%. Analistas, no entanto, veem um aumento maior do IPCA, de 7% até dezembro. Se as estimativas forem confirmadas, 2022 será o segundo ano consecutivo de descumprimento da meta. Em 2021, o IPCA teve alta de 10,06%.

Reajuste das aposentadorias foi de 10,16% neste ano

Enquanto o IPCA fechou o ano de 2021 em 10,06%, o INPC atingiu 10,16% no ano passado, percentual usado no reajuste das aposentadorias e demais benefícios do INSS neste ano. O reajuste, porém, depende de quando o segurado se aposentou.

Os 10,16% foram aplicados para quem já tinha benefício em 1º de janeiro de 2021. Aqueles que começaram a receber os pagamentos a partir de fevereiro do ano passado receberam aumento proporcional, conforme os valores abaixo. Confira:

  • Até janeiro de 2021: 10,16%
  • Início do benefício em fevereiro de 2021: 9,86%
  • Início do benefício em março de 2021: 8,97%
  • Início do benefício em abril de 2021: 8,04%
  • Início do benefício em maio de 2021: 7,63%
  • Início do benefício em junho de 2021: 6,61%
  • Início do benefício em julho de 2021: 5,97%
  • Início do benefício em agosto de 2021: 4,90%
  • Início do benefício em setembro de 2021: 3,99%
  • Início do benefício em outubro de 2021: 2,75%
  • Início do benefício em novembro de 2021: 1,58%
  • Início do benefício em dezembro de 2021: 0,73%

Aumento do salário mínimo é por decreto e define outros pagamentos

O reajuste do salário mínimo ocorre por meio de decreto presidencial que, em geral, é assinado no final de cada ano. Desde o início do governo Bolsonaro, o mínimo recebe apenas a correção da inflação. Nos anos de governo de Lula, Dilma e Temer, o piso nacional tinha aumento maior, que levava em conta a inflação do ano anterior mais o PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.

No governo de Michel Temer (PMDB), embora a política de valorização real do salário mínimo ainda estivesse valendo, houve a reposição da inflação por dois anos, já que não houve crescimento do PIB. Em um dos anos, inclusive, Temer chegou a aplicar um reajuste menor ao mínimo, porque a previsão de inflação usada para assinar o decreto foi menor do que o índice divulgado posteriormente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O aumento do salário mínimo impacta em outros pagamentos feitos pelo governo e outros órgãos. Quando o piso sobe, há reajuste no total pago em ações previdenciárias de menor valor, chamadas de RPVs (Requisições de Pequeno Valor), no abono do PIS/Pasep e nas contribuições previdenciárias, entre outros gastos.

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