Descrição de chapéu Bradesco

Bradesco lucra R$ 6,8 bilhões no 1º trimestre, alta de 4,7%

Carteira de crédito cresce 18,3% e chega a R$ 834,5 bilhões; inadimplência sobe

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São Paulo

O Bradesco teve um lucro líquido recorrente de R$ 6,8 bilhões no primeiro trimestre de 2022, o que corresponde a um crescimento de 4,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, e de 3,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (5).

A carteira de crédito do banco chegou a R$ 834,5 bilhões ao final de março, o que equivale a uma expansão de 18,3% em bases anuais e de 2,7% na margem.

Segundo o Bradesco, foi registrado crescimento de dois dígitos em praticamente todos os produtos, tanto para pessoas físicas quanto para jurídicas, com destaque para as operações de cartão de crédito, crédito pessoal, consignado, financiamento imobiliário, crédito rural, conta garantida e CDC.

Fachada de agência do Bradesco no Rio de Janeiro
Fachada de agência do Bradesco no Rio de Janeiro - Sergio Moraes - 26.jul.2018/Reuters

"Estamos satisfeitos com as entregas deste primeiro trimestre. O mundo é outro, está em transformação, e, nesse contexto, são intensas as mudanças globais na política monetária, no câmbio e na inflação. Isso gera volatilidade. Nossa decisão é focar na escala, no investimento em tecnologia, inovação e rigoroso controle dos orçamentos", afirmou Octavio de Lazari Junior, presidente-executivo do Bradesco, em nota.

"Apesar do aumento da Selic, a originação de crédito mantém boa dinâmica, pois as pessoas voltaram ao consumo", disse Lazari.

Inadimplência em alta

O índice de inadimplência de 3,2% no encerramento do primeiro trimestre deste ano superou as taxas de março de 2021 (2,5%) e de dezembro (2,8%).

Entre as pessoas físicas, a taxa de atrasos superior a 90 dias alcançou 4,4% em março de 2022, ante 3,5% em março de 2021 e 3,8% em dezembro do ano passado.

Entre as micro, pequenas e médias empresas, o índice de inadimplência foi de 3,6%, contra 2,6% há um ano e 3,1% no final de 2021. Já entre as grandes empresas, o percentual ficou em 0,1%, contra 0,4% em março do ano passado e 0,3% em dezembro.

"Em comparação com os períodos que antecederam a pandemia, estamos com índices menores, mesmo com o crescimento expressivo da carteira de crédito, o que demonstra nossa boa gestão de riscos."

A PDD (Provisão para Devedores Duvidosos) totalizou R$ 4,8 bilhões no primeiro trimestre, crescimento de 23,7% em bases anuais e de 12,9% na margem.

​O ROAE (retorno anualizado sobre o patrimônio), indicador que mede a rentabilidade da operação, foi de 18%, ante 18,7% em março de 2021 e 17,5% em dezembro passado.

"Esse resultado é uma demonstração de nossa capacidade de capturar oportunidades, mesmo em um cenário de incertezas —com altas na inflação, aumento das taxas de juros e tensões geopolíticas", diz o banco no balanço de resultados.

Segundo o Bradesco, a mudança do ambiente macroeconômico levou a uma alteração no "guidance" (projeções) de algumas métricas financeiras. O crescimento da margem com clientes passou de um intervalo entre 8% e 12% para entre 18% e 22%, enquanto o avanço esperado da receita de prestação de serviços passou de 2% a 6% para o intervalo entre 4% e 8%.

Já a estimativa para a PDD foi de R$ 15 bilhões a R$ 19 bilhões para o intervalo entre R$ 17 bilhões e R$ 21 bilhões. Em relação a despesas operacionais, o guidance se reduz de 3% a 7% para o intervalo entre 1% e 5%.

"Temos confiança que o trabalho de todas nossas equipes nos levará a cumprir os guidances apresentados", afirmou Lazari.

RAIO-X | BRADESCO

Fundação 1943, em Marília (SP)
Lucro líquido no 1º tri de 2022 R$ 6,8 bilhões
Agências 2.948
Funcionários 87.488
Clientes 74,8 milhões
Principais concorrentes Itaú Unibanco, Santander, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal

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