Como é o trabalho dos 'bots humanos', Musk no Brasil e o que importa no mercado

Leia a edição da newsletter FolhaMercado desta segunda-feira (23)

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Esta é a edição da newsletter FolhaMercado desta segunda-feira (23). Quer recebê-la de segunda a sexta, às 7h, no seu email? Inscreva-se abaixo.


Como é o trabalho dos 'bots humanos'

Uma multidão de brasileiros passa os dias seguindo, comentando e curtindo perfis de desconhecidos por milésimos de real. São a mão de obra das fazendas de clique.

Entenda: eles são atraídos por empresas que prometem uma renda extra para quem interagir (com likes e comentários) em perfis que pagam para ver suas contas bombarem.

Quanto ganham: os sites pagam de R$ 0,001 a R$ 0,05 por cada interação. Para ganhar em escala, muitos usuários costumam automatizar o gerenciamento de centenas de contas falsas, mas correm o risco de não ganhar nada se o perfil for banido.

Quanto custa: é possível encontrar pacotes de mil curtidas no Instagram por R$ 0,60, e as companhias garantem que o engajamento vem de contas reais. Entre os compradores, os perfis que mais se repetem são os de artistas, influenciadores e atletas.

É ilegal? Não há lei no país que proíba a venda de impulsionamento nos moldes das fazendas de clique, mas a criação de contas inautênticas e automatizadas viola os termos de uso das plataformas.

Crowdwork é a forma com que são caracterizados esses tipos de microtrabalhos.


O que Musk veio fazer no Brasil?

Elon Musk veio ao Brasil na última sexta (20), quando se encontrou com o presidente Jair Bolsonaro (PL), outros membros do governo e empresários do país em um hotel de luxo no interior de São Paulo.

O que veio fazer: oficialmente, a visita serviu para anunciar uma parceria entre sua startup SpaceX e o governo para levar internet banda larga para a região amazônica por meio de uma rede de satélites de baixa órbita, a Starlink.

O que é Starlink: a ideia do bilionário é criar uma espécie de constelação de 40 mil satélites ao redor do mundo –2.000 já estão em órbita. O objetivo inicial é oferecer internet de alta velocidade em regiões remotas.

Sim, mas…O programa anunciado como novidade já existe há quatro anos e é operado por outras duas empresas –Viasat e Telebras.

Outros negócios no país: no começo do mês, a Vale anunciou que fechou um acordo com a Tesla, montadora de Musk, para fornecimento de níquel de baixo carbono. O mineral que é usado nas baterias dos carros elétricos virá a partir das operações da brasileira no Canadá.

Enquanto Musk estava por aqui, o site americano Business Insider afirmou que a SpaceX pagou US$ 250 mil a uma comissária de bordo em 2018 em um acordo para encerrar uma acusação de assédio sexual contra o bilionário.

Em sua conta no Twitter, Musk classificou a alegação como "totalmente falsa" e politicamente motivada. Em seguida, o bilionário afirmou que "nada me impedirá de lutar por um futuro bom e pelo seu direito à livre expressão."

Mais sobre a visita de Musk ao Brasil:


É hora de comprar cripto?

A sangria no mercado cripto tirou parte do ânimo de muitos investidores e gerou alerta sobre ativos que, no fim das contas, não eram tão seguros como prometiam –caso das stablecoins.

Com a queda generalizada nesse mercado, chegou a hora de ir às compras? Os gestores e analistas desse setor apontam que a hora é de ter cautela.

O que explica: antes do tombo de stablecoins como TerraUSD e luna, que tinham justamente a função de porto seguro aos investidores (entenda aqui), o cenário já estava azedo para esse nicho.

  • As grandes criptos, como bitcoin e ether, que costumam ditar o rumo do setor, passaram a fazer parte de carteira de grandes fundos de investimentos e até de empresas, o que expôs esses ativos à lógica dos mercados mais tradicionais.
  • Quando os EUA iniciaram a alta de juros, ativos mais arriscados começaram ​a despencar. Nesse pacote estão as empresas de tecnologia e as criptomoedas.

O que fazer? Profissionais de investimento têm optado por uma postura de maior cautela, recomendando uma exposição limitada ao apetite a risco do investidor. Resumindo: não é hora de vender tudo, mas também ir correndo às compras pode não ser uma boa ideia.

A bolha dos NFTs estourou? Outro tipo de criptoativo que vem em queda livre são alguns tokens não fungíveis, que funcionam como um certificado de propriedade ligado a um produto digital.

  • Os valores movimentados por NFTs tiveram uma queda de 75% entre fevereiro e meados de abril, segundo a Chainalysis. Eles foram ainda mais penalizados pela onda de imagens fake ou roubadas comercializadas na OpenSea, assumida pela própria plataforma.

Mais sobre investimentos:


Grandes empregadores apostam no híbrido

Os maiores empregadores do país devem manter o home office e o trabalho híbrido para parte dos trabalhadores mesmo com o avanço da vacinação e o fim das restrições provocadas pela pandemia.

O que explica: pesquisas indicam que tanto os funcionários quanto a chefia, em sua maioria, gostaram dos resultados do trabalho de casa, e a opção se tornou uma alternativa para atrair e manter talentos na firma.

A Folha foi ouvir alguns dos maiores empregadores do país para saber qual a ideia do modelo de trabalho daqui pra frente:

  • Itaú: com quase 100 mil colaboradores, adota três modos nos escritórios administrativos: presencial, para quem precisa ir ao banco todos os dias, híbrido, para quem tem de ir de vez em quando, e flexível, para quem tem mais autonomia.
  • Correios: com 88,5 mil empregados, 2% (cerca de 1.770) estão em trabalho remoto.
  • Bradesco: tem 87,5 mil funcionários e há a expectativa de manter cerca de 30% do quadro no sistema híbrido para as áreas administrativas.
  • Caixa: chegou a ter mais de 56 mil empregados (35,6% do total) trabalhando de casa e estuda implementar o trabalho remoto para algumas funções com o retorno positivo.
  • BB (Banco do Brasil): implantou o trabalho de formato híbrido, com até dois dias na semana fora do escritório. Hoje cerca de 4% dos 86,3 mil funcionários alternam entre o remoto e o presencial.
  • Atento: dos 70 mil colaboradores, cerca de 35% estão em home office —​o restante se divide entre os modelos híbrido e presencial.
  • Raia-Drogasil: manteve os cerca de 3.000 funcionários da área corporativa no modelo híbrido.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.