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Dados do usuário do Grindr estão à venda há anos, diz jornal

Segundo o Wall Street Journal, localizações dos usuários do app foram coletadas e vendidas pelo menos desde 2017

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Rio de Janeiro

Dados de milhões de usuários do aplicativo de namoro gay Grindr foram coletados de uma rede de publicidade digital e disponibilizados para venda, segundo o Wall Street Journal.

As informações estavam disponíveis para venda desde pelo menos 2017, e dados históricos ainda podem ser obtidos, disseram fontes ao jornal americano.

De acordo com o Grindr, há dois anos, a empresa cortou o fluxo de dados de localização para qualquer rede de anúncios, encerrando a possibilidade de coleta.

A comercialização dessas informações, que foi ocultada anteriormente, ilustra o próspero mercado de dados de usuários que podem ser coletados a partir de dispositivos móveis.

Logo do Grindr - Reprodução

Autoridades de segurança dos Estados Unidos se preocuparam com o assunto. Isto porque os dados do Grindr foram usados ​​como forma de mostrar a várias agências do governo os riscos de inteligência relacionados a informações comercialmente disponíveis.

Os dados disponibilizados pelo Grindr não continham informações pessoais como nomes ou números de telefone. Porém, em alguns casos, foram detalhados o suficiente para deduzir informações como encontros românticos entre usuários específicos com base na proximidade de seus dispositivos uns com os outros.

Por meio desses dados também foi possível identificar pistas sobre a identidade das pessoas, como seus locais de trabalho e endereços residenciais com base em seus padrões e hábitos.

No entanto, um porta-voz da empresa afirmou em comunicado: "Desde o início de 2020, o Grindr compartilhou menos informações com parceiros de anúncios do que qualquer uma das grandes plataformas de tecnologia e a maioria de nossos concorrentes."

Ele disse que a empresa paga um preço por reduzir os dados compartilhados, incluindo menor qualidade de anúncio para usuários e menor receita. O porta-voz ainda afirmou que as atividades descritas pelas fontes não seriam possíveis com as atuais práticas de privacidade do Grindr, que existem há dois anos.

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