Dólar recua pelo 3º pregão seguido e fecha cotado a R$ 4,80

Bolsa sobe 1,7% e vai aos 110 mil pontos

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São Paulo

​O dólar recuou pela terceira sessão seguida frente ao real nesta segunda-feira (23), marcada pelo bom humor dos investidores, com altas generalizadas nas Bolsas globais.

O sentimento de maior apetite por risco dos agentes de mercado veio após comentários do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de que o governo americano estaria avaliando derrubar tarifas impostas pelo antecessor Donald Trump contra produtos chineses.

"O pronunciamento foi visto com bons olhos, uma vez que qualquer redução destas tarifas poderia ajudar no controle da inflação americana", dizem os analistas da XP em relatório.

A persistente pressão inflacionária no país, e o risco de um aumento dos juros mais agressivo pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), foram os maiores responsáveis para as quedas das Bolsas americanas na semana passada.

Notas de dólar dos Estados Unidos
Notas de dólar dos Estados Unidos - Marcello Casal Jr. - 2.mai.2019/ABr

Em um dia de redução da aversão ao risco, o dólar comercial marcou desvalorização de 1,31% nesta segunda, cotado a R$ 4,8070 para venda.

A sessão foi de enfraquecimento da divisa americana em escala global –o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de moedas, recuou cerca de 1%.

Na Bolsa de Valores, o índice amplo Ibovespa operou em alta firme durante todo o pregão, para fechar com valorização de 1,71%, aos 110.345 pontos, impulsionado por ganhos expressivos de papéis de commodities e bancos.

Entre as ações de maior peso para o mercado local, as ações ordinárias da Petrobras avançaram 3,69%, e as preferenciais subiram 3,93%, enquanto os papéis da Vale tiveram apreciação de 2,04%.

No setor financeiro, destaque para os papéis do BB (Banco do Brasil), que valorizaram 4,22%, e para os do Itaú, com alta de 2,59%. Já os do Bradesco avançaram 1,63%, e os do Santander, 2,51%.

No mercado global, as Bolsas nos Estados Unidos também oscilaram no campo positivo, em uma sessão de ajustes, após terem reportado na sexta-feira (20) a sétima queda semanal em sequência, a pior desde 2001.

O S&P 500 fechou com ganhos de 1,86%, o Dow Jones subiu 1,98%, e o Nasdaq, com maior concentração de ações de tecnologia, avançou 1,59%.

O desempenho no mercado americano acompanhou o pregão positivo das Bolsas na Europa, com alta de 1,67% do FTSE-100, de Londres, e de 1,17%, do CAC-40, de Paris. O DAX, de Frankfurt, avançou 1,38%.

A semana começou com a divulgação do índice de clima de negócios Ifo da Alemanha melhor do que o esperado para maio, que subiu para 93 pontos, ante 91,9 em abril.

"Esperava-se que o índice caísse à medida que os custos crescentes dos insumos pesavam no sentimento", apontam os analistas da XP.

Ainda no velho continente, Christine Lagarde, presidente do BCE (Banco Central Euripeu) afirmou que as taxas de juros na região deverão começar a subir em julho e sair do território negativo até setembro. "O anúncio acabou pressionando o mercado de renda fixa local, enquanto parece dar fôlego ao mercado acionário", dizem os analistas da XP.

Na Ásia, as Bolsas fecharam sem tendência definida, com queda de 1,19% do Hang Seng, de Hong Kong, e de 0,58% do CSI 300, da China. Temores sobre novas restrições de mobilidade na região por conta da onda de Covid-19 voltaram a pesar sobre o humor dos investidores. Já o Nikkei, de Tóquio, subiu 0,98%.

Com Reuters

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