Lula diz que não terá teto de gastos em seu governo

Em evento em Juiz de Fora (MG), petista também criticou Bolsonaro após troca de ministro de Minas e Energia

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Juiz de Fora e São Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (11) que não terá um teto de gatos em seu governo, caso seja eleito presidente.

"Não haverá teto de gastos no meu governo. Não que eu vá ser irresponsável, gastar para endividar o futuro da nação. Vai ter que gastar no que é necessário’, afirmou.

Durante reunião com reitores de universidades mineiras em Juiz de Fora (MG), o ex-presidente afirmou ser necessário investir em ativos rentáveis, sendo a educação um deles.

Luiz Inácio Lula da Silva durante ato de lançamento da candidatura à Presidência do Brasil - Marlene Bergamo - 7.mai.22/Folhapress

Lula disse ainda que o que diminui o peso das despesas em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) é o crescimento econômico, não o corte orçamentário.

Líder nas pesquisas eleitorais, ele afirmou ainda que o governo Bolsonaro não sabe o que faz na economia e reforçou seu discurso contra as privatizações.

"Quero dizer ao governo brasileiro e aos empresários: 'Pare de tentar privatizar as nossas empresas públicas'. Quem se meter a comprar a Petrobras vai ter que conversar conosco depois das eleições. Parem de tentar privatizar a Eletrobras, os Correios. Não tente privatizar a Caixa Econômica, o BNDES. Aprendam a trabalhar, a investir, a fazer política econômica ao invés de vender as coisas que já estão prontas", disse Lula.

Ao discursar para apoiadores durante plenária na cidade de Juiz de Fora, ele comentou ainda a troca no comando do Ministério de Minas e Energia ao criticar o preço dos combustíveis.

"O presidente da República ao invés de ter coragem de colocar a mão na massa e resolver o problema, ele fica trocando de presidente da Petrobras e de ministro da Energia. Ele não sabe o que está fazendo nesse país", disse.

Bolsonaro nomeou Adolfo Sachsida como novo ministro de Minas e Energia, no lugar de Bento Albuquerque. A troca ocorre dias após a Petrobras anunciar um novo reajuste no preço do diesel.

O ex-presidente afirmou ainda que "metade da inflação" que afeta o país é decorrência de preços controlados, como energia elétrica e combustível.

Nesta quarta, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que o IPCA, índice oficial de inflação do país, se mantém na casa dos dois dígitos no acumulado em 12 meses. A alta de preços é uma das principais preocupações de Bolsonaro em ano eleitoral.

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