Netflix pode ter anúncios neste ano, adeus ao iPod e o que importa no mercado

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Netflix com anúncios já em 2022?

A Netflix acelerou seus planos para lançar uma opção de assinatura mais barata e com anúncios até o fim do ano, segundo o New York Times, que atribuiu a informação a funcionários da empresa.

A cobrança extra dos usuários que compartilham suas contas também deve começar nesse período.

Relembre: antes totalmente oposta a oferecer uma assinatura com propagandas em sua plataforma, a Netflix mudou de ideia após registrar a primeira queda no número de assinantes desde 2011.

  • Desde que anunciou o abandono de usuários, os papéis da Netflix caíram mais de 50% e fizeram a empresa perder cerca de US$ 70 bilhões (R$ 355,6 bilhões) em valor de mercado.
Logo da Netflix em Los Angeles, California, EUA
Logo da Netflix em Los Angeles, California, EUA - Robyn Beck/AFP

Concorrentes: na nota interna divulgada aos funcionários, a Netflix destacou que a maioria dos seus rivais já adota uma versão mais barata com anúncios.

  • Nos EUA, a assinatura mensal com publicidade da HBO Max custa US$ 10 (R$ 50,80), enquanto a sem comerciais sai por US$ 15 (R$ 76,20) –valor próximo aos US$ 15,49 (R$ 78,69) cobrados hoje pela Netflix.

Contas compartilhadas: o modelo está em testes no Chile, Costa Rica e Peru. A ideia da líder do streaming é cobrar um adicional de quem divide o acesso com pessoas que moram em outras casas.

  • Segundo a companhia, 100 milhões dos seus 222 milhões de assinantes têm contas que são acessadas em mais de um domicílio.

Análise: grande desafio da Netflix é manter a sua relevância e centralidade, afirmam os pesquisadores Paula Chimenti, Iona Bloch e Thiago Felippe Ribeiro.


Adeus ao iPod

Pode não parecer, mas a Apple ainda produzia o iPod. Até esta terça (10).

A companhia anunciou que deixará de fabricar o modelo Touch, lançado em 2019 e que será vendido enquanto durarem os estoques. No Brasil, o preço oficial é de R$ 1.610 para a versão com 32 Gb de memória.

Modelos iPod Nano foram lançados em 2007
Modelos iPod Nano foram lançados em 2007 - Robert Galbraith/Reuters

A história do iPod: lançado em outubro de 2001, pouco tempo após Steve Jobs reassumir a Apple, se tornou um sucesso instantâneo para a companhia. O tocador de música chegou a representar 40% de sua receita.

  • Ele só foi perder protagonismo com o lançamento do iPhone, que surgiu graças aos progressos de software, hardware e design do iPod.

Legado: o iPod deixa marcas importantes para a indústria além do hardware. O modelo de assinatura e streaming que bomba nos dias de hoje e ajudou a deixar a pirataria para trás teve influência da biblioteca de áudio iTunes.

  • Muitos usuários preferiam pagar US$ 0,99 por faixa e US$ 9,99 por disco para baixar e reproduzir as músicas de forma muito mais rápida em relação aos sites e programas piratas.

Desprestigiado: com o surgimento do iPhone, em 2009, o celular passou a incorporar muitas das funções do iPod e o modelo deixou de ser prioridade para a Apple.


Os CEOs ganham muito?

Em um mundo corporativo cada vez mais ligado às práticas ESG, uma delas parece não estar exatamente entre as prioridades dos executivos: a diferença entre os salários do alto escalão com os dos outros trabalhadores da empresa.

Entenda: a polêmica voltou a esquentar com a divulgação pelo Nubank do plano de remuneração de mais de R$ 800 milhões previsto para sua diretoria.

  • As empresas lá de fora não ficam atrás e também destinam gigantescas quantias aos seus executivos. Só em 2021, os CEOs das cem maiores empresas americanas receberam juntos cerca de R$ 11,2 bilhões.

Em números: a remuneração dos CEOs disparou 1.322% desde 1978, enquanto o salário de um trabalhador comum cresceu apenas 18%.

  • Apenas em 2020, os diretores-executivos receberam 351 vezes mais do que a média dos trabalhadores. O levantamento, feito com empresas dos EUA, é do centro de pesquisas EPI (Economic Policy Institute).

Por que é problema: a diferença gritante contrasta com a postura de responsabilidade social que as empresas buscam promover e pode reforçar a desigualdade entre o topo diante do resto da pirâmide de renda.

Segundo especialistas ouvidos pela Folha, a prática de remunerações cada vez maiores não é corroborada por evidências que indicam um desempenho melhor das empresas.


A aposta dos eSports no desenvolvimento do cérebro

Para ser competitivo nos eSports não basta ficar treinando horas por dia, é preciso também buscar formas de aprimorar as capacidades cognitivas do cérebro.

Quem afirma isso são os membros da equipe Team Liquid, uma das maiores do mundo no ramo.

Entenda: no setor cada vez mais concorrido e endinheirado, os times profissionais ampliam seus investimentos para treinamentos individualizados para cada atleta.

  • Para isso, usam em seus centros de treinamento programas que ajudam a captar em qual categoria ele precisa melhorar: atenção, memória, controle e antecipação.
  • Em um deles, o atleta deve olhar concentrado para a tela e com a ajuda do teclado reconhecer formas e "pegar" pontos vermelhos. Antecipar-se, ver, reagir. Tudo isso cada vez mais rápido.

E aqui? A Folha já mostrou como a profissionalização no Brasil não fica para trás.

Mais sobre games:

O fim do "Fifa"?
A produtora Electronic Arts e a Fifa anunciaram o fim de uma parceria de 30 anos que dava nome ao game de futebol mais famoso do mundo. O acordo rendia à entidade US$ 150 milhões (R$ 762 milhões) por ano.

  • O jogo agora se chamará "EA Sports FC", mas deve manter os contratos atuais de licenciamentos com as principais ligas do futebol europeu. Ou seja, os jogadores e as equipes devem continuar lá.
  • Já a federação de futebol vai buscar outra produtora para formar uma nova parceria para o game que leva sua marca.

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