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Caminhoneiros argentinos bloqueiam estradas em protesto contra falta de diesel

Manifestação ocorre em momento em que a colheita de grãos necessita de transporte em meio à inflação crescente

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Lucila Sigal
Buenos Aires | Reuters

Caminhoneiros argentinos bloquearam rodovias nesta quarta-feira (22), em protesto contra a escassez e o aumento de preços do diesel, no momento em que a colheita de grãos, crucial para o país, necessita de transporte em meio à inflação crescente.

Sindicatos de caminhoneiros disseram que os protestos no principal país exportador de milho e soja continuarão por um período não especificado, com o objetivo de pressionar o governo a combater a escassez de combustível e o aumento dos preços.

Perto da capital, Buenos Aires, a interrupção do tráfego em uma importante rodovia se estendeu por cerca de 7 km em consequência de um dos protestos, convocados por sindicatos de transporte comercial.

Caminhoneiros em protesto em Tucuman, na Argentina - Walter Monteros - 22.jun.2022/Reuters

O sindicato nacional de caminhoneiros, Untra, pediu ao governo que assegure o que descreveu como preços proporcionais do diesel, segundo um comunicado na quarta. Outras associações aderiram aos bloqueios nas rodovias, contra o aumento do custo do diesel.

Quase todo o país –21 das 23 províncias– sofre com a falta de combustível, de acordo com a federação nacional de transporte de mercadorias, Fadeeac.

Autoridades graduadas do governo atribuíram a escassez à demanda crescente, enquanto a economia se recupera da desaceleração causada pela pandemia.

"A falta de diesel é um conflito, uma reclamação, que realmente tem a ver com crescimento", disse a porta-voz presidencial Gabriela Cerruti, falando à emissora local Radio Con Vos. Ela acrescentou que os problemas estão sendo resolvidos, mas não entrou em detalhes.

Este mês, o governo aumentou o teor de biodiesel exigido nas misturas de diesel, esperando que isso possa aliviar a escassez do combustível industrial para motores.

A demanda doméstica por diesel saltou 14% ano a ano no primeiro trimestre, segundo dados do governo.

Protesto de caminhoneiros em Tucuman, na Argentina - Walter Monteros - 22.jun.2022/Reuters

Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves

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