Descrição de chapéu Eleições 2022

Chapa Lula-Alckmin quer mudar política de preços de combustíveis; veja propostas

Valorização do salário mínimo e mudança na Previdência estão entre os temas destacados

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Retomar a política de valorização do salário mínimo. Mudar as legislações trabalhista, tributária e previdenciária. Combater a inflação com a ajuda do câmbio e de novas políticas de preços para energia e combustíveis.

Essas são algumas das propostas para a área econômica que fazem parte do documento revelado pela Folha com as diretrizes para elaboração do plano de governo da chapa Lula-Alckmin.

0
Primeira reunião da coordenação geral da coligação Lula-Alckmin, que reúne sete partidos, no Hotel Inter Continental, em São Paulo - Marlene Bergamo-22.mai.2022 /Folhapress

Inflação e combustíveis

Um dos temas que ocupam mais espaço na prévia do programa elaborada pelo PT é o combate à inflação, assunto que também mobiliza o governo de Jair Bolsonaro (PL), atualmente em segundo lugar nas pesquisas eleitorais.

"É tarefa prioritária combater a inflação e enfrentar a carestia, em particular a dos alimentos e a dos combustíveis e eletricidade", diz o documento.

Em um momento em que a Petrobras é criticada pelo próprio governo por seguir uma política de paridade de preços internacionais, o documento do PT afirma que, "no caso dos preços dos combustíveis e tarifas de energia elétrica, é necessário implementar políticas que envolvam a consideração dos custos de produção no Brasil, os efeitos sobre os orçamentos dos consumidores e a expansão da capacidade produtiva setorial".

Fala também que "a orientação passiva para a política cambial dos últimos anos acentuou a volatilidade da moeda brasileira em relação ao dólar com consequências perversas para o índice de preços".

Mudança no teto de gastos

O documento fala em revogar o teto de gastos, "que é disfuncional e perdeu totalmente sua credibilidade", e defende a construção de "um novo regime fiscal que disponha de credibilidade, previsibilidade e sustentabilidade".

Com proposta que se assemelha à PEC do senador Jaques Wagner (PT-BA) que prevê uma parcela de investimento público fora do limite geral de despesas, o documento fala em um regime que garanta a atuação anticíclica e fortaleça a articulação entre investimentos públicos e privados.

Previdência

Embora não fale em revogar a reforma da Previdência de 2019, o documento defende buscar um modelo previdenciário que concilie o aumento da cobertura com o financiamento sustentável. Ou seja, equilibrar as contas aumentando o número de contribuintes.

Reformas trabalhista e tributária

O documento defende a revogação da reforma trabalhista do governo Temer e a construção de uma nova legislação sobre o tema, que dê especial atenção aos trabalhadores informais e de aplicativos.

Sobre a reforma tributária, a proposta é simplificar e reduzir a tributação do consumo, sem especificar se os projetos que tramitam no Congresso sobre o tema serviriam de modelo. Também inclui elevar a taxação de renda sobre os muito ricos, sem detalhar como isso seria feito.

Reindustrialização

A proposta de reindustrialização apresentada trata de alguns pontos que norteiam essa política em outros países, como a busca de novas bases tecnológicas e ambientais, mas não fala em inserção internacional.

Bancos públicos e outras estatais

Instituições que tiveram seu papel reduzido nos dois últimos governos, os bancos públicos são citados nos parágrafos que tratam do aumento do investimento público, do fortalecimento das estatais e de um programa de renegociação das dívidas de famílias e pequenas e médias empresas (tema já abordado pelo candidato Ciro Gomes).

O documento também rechaça a privatização de empresas estatais, especificamente da Petrobras, Eletrobras, Correios e PPSA (Pré-Sal Petróleo S.A.).

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.