Chefe da OMC vê caminho difícil para acordos comerciais

Pandemia, guerra na Ucrânia e crise de alimentos formam 'policrise', segundo Ngozi Okonjo-Iweala

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Philip Blenkinsop Emma Farge
Genebra | Reuters

A diretora-geral da Organização Mundial do Comércio, Ngozi Okonjo-Iweala, expressou otimismo cauteloso neste domingo (12). Ela espera que os mais de 100 ministros do Comércio reunidos em Genebra alcancem um ou dois acordos globais nesta semana, mas alertou que o caminho será turbulento e com obstáculos.

A diretora-geral disse que o mundo mudou desde a última conferência de ministros da OMC, há quase cinco anos.

Ngozi Okonjo-Iweala discursa na cerimônia de abertura da 12º Conferência Ministerial da OMC - Martial Trezzini/Pool via Reuters

"Eu queria poder dizer que para melhor. Certamente se tornou mais complicado", disse ela em coletiva de imprensa antes da reunião de 12 a 15 de junho, listando a pandemia de Covid-19, a guerra na Ucrânia e as amplas crises de alimentos e energia como partes de uma "policrise".

Em discurso a ministros na abertura da conferência, a chefe da OMC pediu a ministros que "mostrem ao mundo que a OMC pode" assumir suas responsabilidades e alcançar acordos sobre temas como redução de subsídios à pesca, ampliação do acesso a vacinas contra Covid-19, segurança alimentar e definição de um rumo para a reforma da própria OMC.

"O que resta a ser decidido requer vontade política —e eu sei que vocês têm— para nos levar até a linha de chegada", disse ela, alertando que será um desafio.

Antes do início da conferência ministerial neste domingo, ela afirmou em entrevista coletiva que mesmo chegando a um ou dois acordos, "não será um caminho fácil".

"A estrada será acidentada e cheia de pedras. Pode haver uma mina terrestre ao longo do caminho", disse.

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