Entenda o PIB do 1º tri em 5 pontos, quiz das notícias da semana e o que importa no mercado

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Entenda o desempenho do PIB em 5 pontos

O PIB do Brasil cresceu 1% no primeiro trimestre deste ano em relação aos três meses anteriores, informou nesta quinta (2) o IBGE.

Em números: a alta veio um pouco abaixo da mediana das expectativas do mercado, que era de 1,2% no levantamento da Bloomberg. No período, o PIB ficou 1,6% acima do patamar pré-pandemia. Veja aqui o desempenho de outros países.

Para que serve: o indicador ajuda a medir o volume de riqueza produzido em determinado período. O cálculo considera produtos, serviços, aluguéis, serviços públicos, impostos e até contrabando.

Cinco pontos para entender o desempenho do PIB no 1º tri:

1. Serviços: responsáveis por cerca de 70% do indicador, puxaram a alta do PIB, com crescimento de 1%. O setor foi o que mais sofreu no auge da pandemia e agora se beneficiou do retorno das atividades.

  • Destaque para os "outros serviços", com alta de 2,2%, que compreendem as atividades prestadas às famílias, como hotéis, restaurantes, bares, salões de beleza etc.​

2. Consumo das famílias: o principal na ótica da demanda teve alta de 0,7%, também embalado pelo retorno das atividades presenciais, como as ligadas a viagens.

  • Programas do governo de incentivo ao consumo, como saque do FGTS, antecipação do 13º do INSS e aumento do valor do Auxílio Brasil também ajudaram.

3. Agronegócio: o setor que menos sofreu durante o ápice da crise sanitária agora acumula perdas com prejuízos trazidos pelo clima. No trimestre, caiu 0,9%.

  • A seca no Sul afetou sobretudo a safra de soja, uma das mais importantes para o país. A queda do PIB agropecuário ocorre em um momento delicado para o setor, analisa o colunista Mauro Zafalon.

4. Indústria: ficou estagnada, com variação de 0,1%. O clima, nesse caso as chuvas no Sudeste, segurou o ímpeto do setor ao retrair o ramo extrativo (-3,4%), em especial o minério de ferro.

5. Investimentos: medidos pela FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo), recuaram 3,5% e indicam um freio da economia para o futuro, com as empresas segurando caixa em um ambiente de juros altos.

E daqui para frente?

O desempenho do PIB no primeiro trimestre fez bancos melhorarem suas projeções para o ano, mas os sinais para o segundo semestre não são tão positivos.

O que explica: os efeitos da retração provocada pelo aumento de juros do Banco Central só devem ser sentidos pela atividade econômica na segunda metade do ano.

  • Segundo os analistas e o próprio BC, a alta de juros demora de seis a nove meses até chegar à economia.
  • A Selic passou para um patamar de freio da economia em outubro do ano passado e chegou aos dois dígitos em fevereiro deste ano.

Análises:

  • No conjunto, os números não contaram novidades sobre o que tem acontecido no país depois da epidemia, mas são meio desanimadores quanto aos meses à frente, aponta o colunista Vinicius Torres Freire.
  • É verdade que a economia trouxe notícias positivas, mas esse otimismo será desafiado no segundo semestre, escreve Eduardo Jarra, economista-chefe da Santander Asset Management.
  • A alta nos preços das commodities, a reabertura da economia e os estímulos fiscais contribuíram para o crescimento do PIB, mas a queda no investimento além do esperado é péssimo sinal, afirma Silvia Matos, economista e pesquisadora do FGV Ibre.

Café da Manhã: por que economia deve esfriar depois de alta do PIB; ouça podcast.


Dê uma pausa

  • Para assistir "Privacidade Hackeada" - na Netflix.

O documentário explica o caso da Cambridge Analytica, que usou dados de usuários de redes sociais para enviar anúncios políticos capazes de explorar sentimentos como medo e raiva dos eleitores.

A empresa trabalhou para as campanhas pró-Brexit e de Donald Trump em 2016.

Cena do documentário "Privacidade Hackeada", da Netflix
Cena do documentário "Privacidade Hackeada", da Netflix - Reprodução/Netflix

Por que é destaque agora: foi a partir desse escândalo que a chefe de operações e braço direito de Mark Zuckerberg na Meta, Sheryl Sandberg, começou a perder sua influência na empresa. Ela anunciou na quarta (1) que está de saída da companhia.

  • O próprio bilionário culpou internamente a executiva pelo episódio e passou a assumir parte de suas funções, segundo o Wall Street Journal.
  • Sandberg foi a responsável por desenvolver os negócios de publicidade do Facebook quando a rede social ainda dava os primeiros passos.

Além da economia:

  • Guia Folha: festas juninas voltam a SP com filas, milho e quentão; veja programação. ​
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